O dólar avançou na sexta-feira antes do aguardado anúncio de tarifas do ex-presidente Donald Trump sobre México e Canadá, marcado para este sábado. Na noite anterior, Trump reafirmou que pretende impor tarifas de 25% a ambos os países e indicou que um novo pacote de sanções contra a China está em fase final de preparação.
Esse movimento elevou a volatilidade no mercado de câmbio, com o índice do dólar (DXY) registrando sua semana mais forte desde novembro. Paralelamente, os títulos do Tesouro recuaram, refletindo as expectativas de que uma nova onda de tarifas possa impulsionar a inflação e manter os juros altos por mais tempo.
Enquanto o cenário de tarifas gera incertezas no comércio global, os mercados acionários tiveram um respiro positivo. Os contratos futuros do Nasdaq 100 e do S&P 500 operam em alta, impulsionados pelo bom desempenho das gigantes da tecnologia.
Apple e Intel avançaram mais de 2% no pré-mercado, encerrando uma semana volátil para o setor. O otimismo vem após a divulgação de resultados financeiros positivos, sugerindo que as big techs mantêm forte resiliência, mesmo diante de um ambiente de concorrência crescente.
Os relatórios das empresas americanas ganharam ainda mais relevância após a empresa chinesa DeepSeek ter movimentado os mercados com sua estratégia agressiva de inteligência artificial de baixo custo. A concorrência no setor se intensifica, mas as grandes empresas de tecnologia dos Estados Unidos demonstram capacidade de adaptação para sustentar sua liderança.
O crescimento da DeepSeek acende um alerta sobre o avanço das empresas chinesas na corrida pela inteligência artificial, um setor que pode ser diretamente impactado por novas sanções americanas.
Com o aumento das tensões comerciais e um setor de tecnologia cada vez mais competitivo, os mercados devem enfrentar oscilações significativas nos próximos dias. A incerteza sobre a política econômica e os desdobramentos das tarifas de Trump poderão definir o rumo dos ativos globais no curto prazo.