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Mercados recuam com incertezas sobre tarifas e lucros corporativos em meio a nova reviravolta de Trump

Volatilidade persiste em Wall Street, com investidores reagindo a declarações contraditórias sobre comércio e um cenário corporativo dividido por lucros fracos e cortes de projeções.

24/04/2025 07h43 Atualizada há 2 dias
Por: Redação
Mercados recuam com incertezas sobre tarifas e lucros corporativos em meio a nova reviravolta de Trump

Os futuros das bolsas americanas abriram em queda nesta quinta-feira, à medida que o otimismo das sessões anteriores se dissipou diante de novas incertezas sobre a política comercial dos Estados Unidos e a temporada de resultados corporativos, que segue marcada por sinais mistos.

Na véspera, Wall Street havia registrado sua segunda alta consecutiva impulsionada por rumores de que a Casa Branca poderia aliviar a guerra tarifária com a China. A trégua aparente também ganhou força após o presidente Donald Trump moderar o tom de suas críticas ao Federal Reserve e ao presidente Jerome Powell. No entanto, o alívio durou pouco.

Logo após os mercados fecharem, o governo Trump anunciou uma nova investigação para avaliar se a importação de caminhões e peças representa risco à segurança nacional — o que pode justificar novas tarifas no setor. Pouco depois, veículos como o Financial Times divulgaram que montadoras poderiam ser isentas dessas medidas, adicionando ainda mais ambiguidade ao cenário. O resultado foi uma enxurrada de manchetes contraditórias que alimentam o clima de incerteza e fragilizam a confiança dos agentes econômicos.

Empresas têm sentido os efeitos dessa volatilidade. A Southwest Airlines recuou 4% ao retirar sua previsão financeira para o ano, citando o ambiente instável causado pela guerra comercial. A IBM também sofreu forte correção, com queda de 7,6%, após relatar o arquivamento de contratos com o governo em função de cortes orçamentários. Em contrapartida, a ServiceNow avançou 9,2% ao superar as expectativas no lucro trimestral.

Na pré-abertura, os contratos futuros do Dow Jones recuavam 0,59%, o S&P 500 caía 0,5% e o Nasdaq 100 cedia 0,67%, com papéis de montadoras como Ford e GM em baixa de aproximadamente 1%.

Os próximos movimentos do mercado dependerão da divulgação de novos dados macroeconômicos — como bens duráveis, vendas de imóveis e pedidos de auxílio-desemprego — e dos balanços de grandes nomes como Procter & Gamble, Merck e Alphabet, que serão analisados em busca de sinais sobre a resiliência da economia americana. O discurso de Neel Kashkari, presidente do Fed de Minneapolis, também está no radar dos investidores.

Mesmo com alguns momentos de trégua, o pano de fundo permanece delicado. Os três principais índices de Wall Street acumulam perdas no ano, com o S&P 500 ainda mais de 12% abaixo do topo registrado em fevereiro, reforçando a predominância da cautela no mercado.

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