O dia começou tenso nos mercados globais. Um ataque militar de Israel contra alvos estratégicos do programa nuclear iraniano elevou o nível de incerteza e desencadeou uma forte fuga para ativos de proteção. As bolsas asiáticas encerraram o pregão em queda acentuada, a Europa abriu em forte baixa e os futuros americanos apontam para correções expressivas.
Na Ásia, o Nikkei caiu 0,9% em Tóquio, o Hang Seng recuou 0,9% em Hong Kong e o Sensex perdeu 0,8% na Índia. A aversão ao risco dominou o humor dos investidores, enquanto moedas como o iene japonês e o franco suíço ganharam força.
O petróleo disparou mais de 9% com o temor de interrupções no fornecimento, enquanto o ouro subiu 1,5%, renovando máximas de dois meses. O movimento reflete a busca global por proteção em meio ao risco de escalada militar.
Na Europa, o Euro Stoxx 50 recua 1,4%, o DAX alemão e o CAC francês caem mais de 1% e o FTSE 100 em Londres opera com baixa de 0,4%. A disparada do petróleo pressiona ainda mais o cenário econômico europeu, que já lida com desafios inflacionários.
Nos Estados Unidos, os futuros do S&P 500, Nasdaq e Dow Jones cedem entre 1,1% e 1,2% no pré-mercado. O petróleo WTI e Brent seguem em alta superior a 4%, e o ouro mantém ganhos firmes. A volatilidade dispara e o índice VIX sinaliza forte estresse no curto prazo.
Entre os destaques corporativos no pré-market americano, Boeing recua 8% e GameStop perde 15% após revisões negativas de suas projeções. Na contramão, Oracle sobe 8% impulsionada por resultados acima das expectativas.
O pregão desta sexta-feira se desenha sob forte tensão geopolítica, com aversão ao risco dominando as decisões de fluxo global. A escalada no Oriente Médio é o principal fator de direção dos mercados neste momento.