Os futuros de Wall Street operaram sem direção definida na manhã desta terça-feira, com os investidores atentos a novas declarações do presidente Donald Trump, que sugeriu possíveis isenções às tarifas de 25% sobre as importações de automóveis e peças automotivas. A medida, segundo ele, teria como objetivo “ajudar algumas montadoras” afetadas pelas políticas recentes.
Ford manteve estabilidade no pré-mercado, enquanto General Motors recuou levemente, impactada por um rebaixamento de corretora. No entanto, o otimismo foi contido pelo fato de que, paralelamente, o governo Trump manteve investigações em andamento sobre as importações de produtos farmacêuticos e semicondutores, o que pode resultar em novas tarifas setoriais nas próximas semanas.
A política comercial volátil e imprevisível dos EUA continua sendo o principal vetor de risco. Com tantas mudanças em ritmo acelerado, investidores e empresas se mantêm incertos sobre os rumos da economia e o real impacto sobre os lucros corporativos.
Entre os destaques corporativos, Johnson & Johnson apresentou lucros e receitas acima do esperado no 1T24, com leve valorização nas ações. Bank of America também surpreendeu positivamente com um avanço de 2%, enquanto o Citigroup aguarda divulgação de resultados.
No setor macroeconômico, investidores aguardam dados de preços de importação/exportação de março e os indicadores industriais regionais do Fed de NY. Autoridades como Thomas Barkin e Lisa Cook também devem se manifestar ao longo do dia.
Às 07h56 (horário de Brasília), os E-minis do Dow Jones subiam 0,02%, os do S&P 500 avançavam 0,1% e os do Nasdaq 100 subiam 0,2%. Ainda assim, analistas alertam para a continuidade da instabilidade: apesar do alívio temporário com isenção para produtos eletrônicos, o setor de tecnologia não conseguiu sustentar os ganhos da véspera.
No gráfico, o S&P 500 apresentou um “cruzamento da morte”, com sua média móvel de 50 dias cruzando para baixo a de 200 dias — um sinal de possível tendência de baixa prolongada. O mesmo padrão já havia sido registrado no Nasdaq Composite na semana passada.
No acumulado de 2025, o S&P 500 recua 8,1%, o Dow Jones caiu cerca de 4,8%, e o Nasdaq — mais sensível às oscilações de tecnologia — já acumula perda de quase 13%.
Entre os destaques negativos, a Boeing caiu 3,6% após um relatório indicar que o governo chinês ordenou suspensão nas entregas de seus jatos às companhias aéreas locais — mais uma pressão geopolítica que soma incerteza à balança de riscos.
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