As negociações comerciais entre Estados Unidos e Japão voltaram ao radar dos investidores nesta quinta-feira, trazendo certo alívio aos mercados após uma semana de forte turbulência. Os futuros das bolsas norte-americanas abriram em alta, puxados por resultados positivos da TSMC e pela retomada do diálogo entre Washington e Tóquio, com o presidente Donald Trump afirmando que houve “grande progresso” nas conversas.
Ainda assim, o otimismo foi contido pelas declarações do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, que reforçou a necessidade de cautela antes de qualquer corte nas taxas de juros. Powell reconheceu os efeitos adversos das tarifas sobre inflação e emprego, mas sinalizou que o banco central americano vai aguardar mais dados antes de agir.
Enquanto isso, o Banco Central Europeu cortou novamente sua taxa de juros, agora em 2,25%, marcando a sétima redução em um ano. A decisão ocorre em meio a um cenário de inflação controlada, consumo retraído e crescente incerteza provocada pelas políticas comerciais dos EUA. O BCE destacou que a volatilidade causada pelas tarifas pode ter efeito negativo sobre a confiança de empresas e famílias na zona do euro.
Nos mercados, o dólar avançou frente ao iene e ao franco suíço, enquanto o euro recuou 0,5%, ainda pressionado pelos efeitos do corte do BCE. O índice pan-europeu STOXX 600 registrou leve queda, mas segue com ganhos acumulados de 4% na semana. Destaques do pregão incluíram a forte alta da Siemens Energy, após revisão positiva nas projeções, e a queda das ações da Hermès, que reportou retração nas vendas trimestrais.
O ouro, mais uma vez, foi o protagonista entre os ativos de proteção, renovando máximas históricas ao atingir US$ 3.357,40 por onça, impulsionado pela aversão ao risco e pela busca por refúgio frente ao enfraquecimento do dólar nas últimas semanas.
Com o feriado prolongado da Páscoa à frente, muitos investidores optaram por reduzir a exposição a ativos mais voláteis, aguardando os próximos passos dos bancos centrais e os desdobramentos da política comercial norte-americana.
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