Os mercados futuros dos Estados Unidos operam em queda nesta quinta-feira (10), em movimento de correção após a disparada das ações na véspera. O rali de quarta-feira foi impulsionado por sinais de que o presidente Donald Trump estaria considerando reverter parte das tarifas impostas contra a China, abrindo caminho para negociações mais construtivas.
O índice S&P 500 registrou seu maior ganho diário em quase dois anos, subindo mais de 9%, enquanto o Dow Jones avançou mais de 1.100 pontos. No entanto, esse alívio deu lugar à cautela, com investidores atentos às contradições dentro da própria Casa Branca e à possibilidade de volatilidade prolongada nos mercados globais.
Às 09h31 (horário de Brasília), os E-minis do Dow caíam 1,06%, os E-minis do S&P 500 recuavam 1,44% e os E-minis do Nasdaq 100 operavam em queda de 1,81%. A correção reflete uma avaliação mais cuidadosa dos riscos macroeconômicos envolvidos na guerra tarifária em curso.
Do lado positivo, os dados de inflação ao consumidor (CPI) divulgados nesta manhã ajudaram a aliviar parte da pressão: o CPI subiu 2,4% em março na comparação anual, abaixo dos 2,6% esperados. O núcleo da inflação também ficou abaixo do esperado, avançando 2,8%, frente à estimativa de 3%. Isso reforça as expectativas de que o Federal Reserve poderá seguir com sua estratégia de cortes de juros em 2025.
Ainda assim, o ambiente segue incerto. O índice de volatilidade VIX paira próximo dos 54 pontos, refletindo o elevado nível de nervosismo no mercado. O petróleo Brent caiu para abaixo de US$ 64 por barril, e o dólar registra seu terceiro dia consecutivo de desvalorização frente a moedas como o iene e o franco suíço.
Entre os destaques corporativos, ações de megacapitalização como Apple, Meta e Nvidia operam em queda no pré-mercado. O setor de energia também recua, com Exxon Mobil e Chevron perdendo mais de 2% cada. Já o setor farmacêutico foi pressionado após Trump reiterar a intenção de taxar importações de medicamentos.
Enquanto isso, ações de empresas chinesas listadas em Nova York — como Alibaba e o ETF MCHI — sobem, refletindo o apoio contínuo de Pequim a seus mercados, inclusive com compra estatal de ações e estímulos à agricultura doméstica.
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