As bolsas asiáticas encerraram a sessão em alta, impulsionadas principalmente pelo recuo dos rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA e pela recuperação do setor de tecnologia, que voltou a atrair investidores.
O movimento de recuperação veio após dias de forte pressão causada pelos temores em relação à dívida americana. A aprovação apertada do pacote fiscal do governo Trump na Câmara dos Deputados — que pode aumentar a dívida dos EUA em até US$ 3,8 trilhões — elevou a percepção de risco global, pressionando o dólar e favorecendo moedas e ativos da Ásia.
Mesmo assim, o clima ainda é de atenção. Investidores na região seguem avaliando os desdobramentos desse cenário fiscal nos EUA e como isso pode impactar as economias emergentes nos próximos meses.
Na Europa, os mercados abriram em território positivo, embora os ganhos sejam modestos. As bolsas refletem, por um lado, a recuperação vista na Ásia e, por outro, a preocupação com o cenário econômico dos Estados Unidos.
O foco dos investidores europeus está dividido: de um lado, os sinais de resiliência econômica dos EUA, com dados fortes de atividade (PMI) divulgados ontem, e de outro, a pressão causada pelo avanço do projeto fiscal americano, que levanta questionamentos sobre a sustentabilidade da dívida pública do país e os impactos nos juros globais.
Outro ponto de atenção na Europa são os preços das commodities, que seguem pressionados pela expectativa de menor demanda global em meio a esse ambiente de incerteza econômica.
Os índices futuros de Wall Street operam próximos da estabilidade nesta manhã, indicando que o mercado americano deve abrir o dia em compasso de espera.
Por um lado, há algum alívio vindo dos dados de atividade econômica — o PMI dos EUA veio acima do esperado, mostrando que a economia continua resiliente, especialmente no setor de serviços e indústria. Por outro lado, o mercado não ignora os riscos: o avanço do projeto fiscal de Trump, a elevação da dívida americana e o recente rebaixamento da nota de crédito dos EUA pela Moody’s seguem no centro das atenções dos investidores.
Os rendimentos dos Treasuries, que subiram forte nos últimos dias, começam a mostrar sinais de acomodação, mas ainda em níveis elevados, o que gera desconforto para ativos de risco.