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Wall Street desaba com tarifas agressivas de Trump; tecnologia e varejo lideram perdas

Anúncio de tarifas amplas sobre importações dispara temores de recessão global e corrige os principais índices acionários dos EUA; investidores buscam proteção em títulos e ativos defensivos.

03/04/2025 17h08 Atualizada há 2 semanas
Por: Redação
Wall Street desaba com tarifas agressivas de Trump; tecnologia e varejo lideram perdas

Os mercados acionários dos Estados Unidos entraram em colapso nesta quinta-feira, com quedas acentuadas lideradas por ações de tecnologia, varejo e pequenas empresas. O movimento ocorre após o presidente Donald Trump anunciar a aplicação de uma tarifa básica de 10% sobre a maioria das importações e sobretaxas ainda maiores para dezenas de países — incluindo China, União Europeia e Japão.

O S&P 500 recuava mais de 4% no final da tarde, enquanto o Nasdaq caía mais de 5%, puxado por gigantes como Apple, Amazon e Nvidia. O Dow Jones também registrava forte queda, superando 1.400 pontos negativos. Ao mesmo tempo, o índice de volatilidade VIX disparava para 27,52 pontos, atingindo o maior nível em três semanas, refletindo o pânico do mercado.

A liquidação global marca uma reviravolta significativa no sentimento dos investidores. Até poucos meses atrás, o otimismo com a agenda pró-negócios do governo americano sustentava máximas históricas em Wall Street. Agora, com a escalada tarifária, cresce o temor de que uma guerra comercial total possa levar a uma recessão.

A nova estrutura de tarifas prevê a cobrança de 25% sobre veículos, além de alíquotas específicas como 34% para a China, 46% para o Vietnã, 24% para o Japão e 20% sobre a Europa. A Apple, altamente exposta à cadeia de suprimentos chinesa, recuou quase 10%. A Nike caiu mais de 13%, enquanto Ralph Lauren desabou 16%, diante da imposição de tarifas a seus centros de produção na Ásia.

Com o cenário global cada vez mais imprevisível, muitos investidores estão reavaliando suas estratégias e buscando plataformas que oferecem acesso eficiente ao mercado internacional. Operar fora das fronteiras tem se tornado uma necessidade — não só para proteção, mas para aproveitar oportunidades onde elas realmente surgem. Descubra como acessar ativos globais com mais agilidade


Além do setor de tecnologia e varejo, os grandes bancos também sofreram. Citigroup e Bank of America caíram mais de 10%, afetados pelo aumento da percepção de risco econômico. O JPMorgan Chase teve queda de 6,4%. Já o índice Russell 2000, que reúne empresas de menor capitalização, caiu quase 6%, refletindo o pessimismo com a economia doméstica.

No mercado de energia, os preços do petróleo recuaram mais de 6%, com Exxon Mobil e Chevron caindo entre 4% e 6%, pressionados também pelo aumento da produção por parte da OPEP+. Por outro lado, o setor de bens de consumo básico subiu 0,9%, com destaque para Lamb Weston, que avançou quase 11% após divulgar bons resultados.

Com a expectativa de quatro cortes de juros pelo Federal Reserve ainda este ano, todos os olhos se voltam agora para o relatório de empregos desta sexta-feira e para o discurso do presidente Jerome Powell, que poderá dar sinais cruciais sobre o rumo da política monetária dos EUA em meio ao novo cenário de incerteza.

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