O preço do petróleo fechou em alta nesta terça-feira, impulsionado por tensões geopolíticas e expectativas de novas sanções contra a Rússia e o Irã. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o WTI avançou 0,93%, fechando a US$ 74,25 por barril, enquanto o Brent, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), subiu 0,98%, atingindo US$ 77,05 por barril.
Apesar de um dólar fortalecido, dois fatores principais impulsionaram a alta da commodity:
Sanções Mais Rigorosas: A expectativa de que os Estados Unidos adotem sanções mais severas contra a Rússia e o Irã gerou preocupações com a oferta global de petróleo. Restrições mais duras a esses países podem afetar significativamente o mercado energético.
Estímulos Econômicos na China: Relatos de que autoridades financeiras chinesas estão preparando novas medidas de estímulo econômico renovaram o otimismo no mercado, já que a China é um dos maiores consumidores de petróleo do mundo.
Além disso, dados recentes indicam que a produção da Opep caiu em dezembro, contribuindo para o movimento de alta.
Embora os preços estejam subindo, analistas do ING alertam que o movimento pode estar próximo de seu limite. Eles destacam que, apesar de um aperto momentâneo na oferta, os fundamentos do mercado até 2025 permanecem confortáveis, o que deve impedir um avanço muito mais expressivo no preço do barril.
Essa visão é corroborada pelo Commerzbank, que aponta que as preocupações com sanções estão por trás da recente alta, mas que o ímpeto pode enfraquecer nos próximos meses.
As declarações do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, aumentam as preocupações no mercado. Trump afirmou que o Oriente Médio poderá enfrentar “um inferno” caso os reféns israelenses não sejam libertados até sua posse, em 20 de janeiro.
Essas declarações reforçam o clima de incerteza geopolítica, que é um dos principais impulsionadores do preço do petróleo. Qualquer escalada nas tensões no Oriente Médio pode trazer novas pressões sobre a oferta de petróleo, especialmente se envolver países produtores.
Embora o petróleo tenha registrado ganhos recentes, o cenário de longo prazo aponta para um mercado relativamente estável, com fundamentos que devem conter altas muito expressivas. No curto prazo, porém, as tensões geopolíticas e as sanções continuam sendo fatores de risco que podem impactar os preços da commodity.
O mercado seguirá atento às próximas decisões políticas e econômicas — tanto nos Estados Unidos quanto na China —, que terão papel crucial na definição dos rumos do petróleo em 2025.