O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou que qualquer país que comprar petróleo ou gás da Venezuela será taxado em 25% sobre negociações com os EUA. A chamada "tarifa secundária" entrará em vigor no dia 2 de abril, conforme publicação feita no Truth Social. A medida já impactou o mercado, fazendo os contratos futuros do petróleo bruto subirem quase 1,5%.
A decisão faz parte de uma série de sanções contra o governo de Nicolás Maduro. No início do mês, Trump suspendeu por 30 dias uma licença concedida à Chevron, que permitia à empresa operar na Venezuela e exportar petróleo, alegando falta de avanços em reformas eleitorais e no retorno de migrantes.
A China, maior consumidora do petróleo da Venezuela, pode ser uma das mais afetadas pela tarifa. Em fevereiro, o país asiático importou 503.000 barris por dia (bpd), representando 55% das exportações venezuelanas. Nos últimos anos, tarifas chinesas sobre certos tipos de petróleo venezuelano já haviam reduzido o volume importado pelo país, forçando a estatal PDVSA a oferecer descontos para manter as vendas.
Além da China, Espanha, Itália, Cuba e Índia também estão entre os principais compradores do petróleo venezuelano. Com a nova sanção, as importações de petróleo dos EUA devem ser interrompidas no início de abril, a menos que Trump decida prorrogar a flexibilização. Até o momento, o governo de Maduro não se pronunciou sobre a medida.