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Trump impõe tarifa de 25% sobre carros e ameaça Europa e Canadá com novas sanções

Mercados asiáticos e europeus recuam após decisão dos EUA; ações de montadoras e moedas emergentes sofrem forte impacto

27/03/2025 08h49 Atualizada há 3 semanas
Por: Redação
Trump impõe tarifa de 25% sobre carros e ameaça Europa e Canadá com novas sanções

As ações asiáticas recuaram nesta quarta-feira, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar uma tarifa de 25% sobre todos os veículos importados que não são fabricados em território americano. A decisão, oficializada por meio de uma ordem assinada por Trump, entrou em vigor às 00h01 do horário de Washington, e acentuou a aversão ao risco nos mercados globais.

O movimento afetou principalmente o setor automotivo, com ações de montadoras como Toyota, General Motors e Ford em queda. Ao mesmo tempo, o peso mexicano também foi impactado negativamente pela notícia.

Em publicação na plataforma Truth Social, Trump declarou que poderá ampliar as tarifas contra a União Europeia e o Canadá, caso esses países “atuem contra os interesses dos EUA”.

“Se a UE cooperar com o Canadá contra os EUA, as tarifas serão ampliadas”, escreveu o presidente.

A medida marca mais um capítulo na política comercial agressiva adotada por Trump desde que reassumiu a presidência, e levanta dúvidas sobre o impacto no comércio global e na recuperação econômica.

Os futuros de ações nos EUA e na Europa apontaram para uma abertura estável, mas os mercados europeus recuaram, reagindo ao novo anúncio da Casa Branca. O índice Stoxx 600 caiu 0,44%, pressionado pelo setor automotivo.

Enquanto isso, o MSCI Ásia-Pacífico registrou queda, com exceção das ações em Hong Kong, que tiveram leve alta. O índice de referência de ações regionais recuou 0,3%, refletindo o clima de incerteza entre investidores asiáticos.

A rápida guinada na política comercial americana, atingindo tanto aliados quanto rivais, tem elevado o nível de cautela no mercado. Dois meses após o retorno de Trump à Casa Branca, o Federal Reserve continua sinalizando que não tem pressa em ajustar os juros, mesmo diante da pressão inflacionária e da volatilidade comercial.

Nos bastidores, a União Europeia se prepara para retaliar. Fontes afirmam que o bloco já considera acionar seu “instrumento anticoerção”, uma das ferramentas mais severas de política comercial da UE, que poderia ser usada já na próxima semana em resposta às tarifas americanas.

No mercado de commodities, os preços do ouro subiram, refletindo a busca por ativos de segurança, enquanto o dólar manteve-se estável. Já os rendimentos dos títulos da zona do euro caíram, com investidores apostando que o Banco Central Europeu poderá cortar juros para conter os efeitos colaterais de uma possível guerra comercial.

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