Enquanto as ações de tecnologia e consumo sofrem com a volatilidade do mercado, o setor de energia segue em alta, impulsionado pelo fluxo de caixa sólido e pela demanda estável. Investidores, preocupados com o impacto da inflação e das tarifas sobre empresas de crescimento, têm migrado para companhias energéticas, que oferecem maior resiliência e dividendos atrativos.
Mesmo com uma queda de 2% nos preços do petróleo ao longo do ano, o ETF S&P 500 Energy Select (XLE) já acumula uma valorização de quase 8%. Em contrapartida, os ETFs de tecnologia (XLK) e consumo discricionário (XLY) recuaram mais de 8% e 12%, respectivamente.
Parte desse desempenho positivo vem da percepção de que o setor energético está mais protegido contra as incertezas tarifárias e inflacionárias. Além disso, políticas regulatórias favoráveis sob a administração de Trump devem ajudar a reduzir os custos de produção, favorecendo empresas do ramo. O aumento nos preços do gás natural (NG=F) também contribuiu para a valorização das ações do setor. A Plains All America Pipeline (PAA) já subiu 17% no ano, enquanto a MPLX (MPLX), especializada em transporte de gás natural, acumula ganhos de 12%.
Na sexta-feira, o petróleo registrava sua segunda semana consecutiva de alta, após tocar sua mínima anual no início do mês. O Brent (BZ=F), referência global, se mantém acima de US$ 71 por barril, reforçando o otimismo no setor.