A China está intensificando esforços para impulsionar o consumo interno, buscando minimizar os efeitos das tarifas impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, que estão pressionando exportadores do maior país comercial do mundo. De acordo com a agência estatal Xinhua, o governo chinês adotará estratégias para aumentar os salários da população, fortalecendo a demanda doméstica como parte de um plano mais amplo para sustentar a economia diante das incertezas do comércio global.
Enquanto isso, o Secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, minimizou o impacto da recente turbulência nos mercados financeiros, que eliminou trilhões de dólares em valor de ações. Segundo ele, a volatilidade reflete um "ajuste saudável", à medida que os EUA reformulam sua política econômica para lidar com o cenário internacional.
Os mercados asiáticos reagiram positivamente às notícias sobre o fortalecimento do consumo na China. Índices acionários da Austrália, Japão e Coreia do Sul registraram ganhos, enquanto um importante índice de ações chinesas listadas em Hong Kong avançou até 1,3%. O índice de referência CSI 300, que acompanha ações das bolsas de Xangai e Shenzhen, oscilou ao longo do dia, refletindo o otimismo cauteloso dos investidores diante da crise imobiliária chinesa.
O mercado de commodities também foi impactado: o petróleo registrou sua segunda alta consecutiva, impulsionado pelas expectativas de aumento da demanda chinesa, enquanto o ouro permaneceu estável após sua primeira queda em quatro dias.
Analistas estão atentos a um briefing agendado para a tarde de segunda-feira, quando o governo chinês deve apresentar novos detalhes sobre políticas para estabilizar os mercados financeiro e imobiliário, estimular os salários e aumentar a taxa de natalidade. O fortalecimento do consumo interno é visto como essencial para a estratégia de Pequim de enfrentar as medidas protecionistas dos EUA, que têm impactado as exportações chinesas e o comércio global.