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Mercados buscam estabilidade após forte queda em Wall Street

Investidores aguardam dados de inflação dos EUA enquanto Fed mantém incerteza sobre juros

11/03/2025 08h16 Atualizada há 1 mês
Por: Redação
Mercados buscam estabilidade após forte queda em Wall Street

Os mercados acionários registraram uma leve recuperação nesta terça-feira, após a forte aversão ao risco do dia anterior. O índice Stoxx 600 da Europa operava estável, enquanto as ações da Ásia-Pacífico – que chegaram a cair 1,75% – reduziram suas perdas para 0,5%. Os futuros das ações dos EUA indicavam uma alta de 0,3%, sugerindo uma pausa na liquidação dos mercados.

O movimento contrasta com a segunda-feira, quando a volatilidade foi exacerbada após o presidente Donald Trump, em entrevista à Fox News, mencionar que os EUA passam por um "período de transição", sem descartar uma recessão relacionada às tarifas comerciais.

Impacto da entrevista de Trump no mercado:

  • O S&P 500 caiu 2,7%, registrando sua maior queda diária do ano.
  • O Nasdaq despencou 4,0%, sua maior queda percentual desde setembro de 2022.
  • O rendimento dos Treasuries de 10 anos caiu 10 bps, o maior movimento diário em quase um mês.

Rendimentos dos Treasuries e expectativas para o Fed

A forte busca por segurança levou os rendimentos das notas do Tesouro dos EUA a caírem ainda mais nesta terça-feira:

  • O rendimento do Treasury de 10 anos caiu para 4,12%, um recuo adicional de 2 pontos-base.
  • O rendimento do Treasury de 2 anos atingiu o menor nível em cinco meses, recuando para 3,88%.

Os traders agora precificam 85 pontos-base de flexibilização monetária pelo Fed em 2025, acima dos 75 bps previstos na segunda-feira. A expectativa é que o crescimento fraco dos EUA obrigue o Fed a cortar os juros mais cedo.

No entanto, esse cenário pode mudar com os dados do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) dos EUA, que serão divulgados na quarta-feira. Se a inflação seguir elevada, as apostas de cortes podem ser reduzidas.

Projeção para o CPI de fevereiro:

  • O CPI deve ter subido 0,3%, segundo pesquisa da Reuters.
  • Em janeiro, a inflação subiu 0,5%, o maior aumento mensal desde agosto de 2023.

Câmbio e commodities refletem cautela dos investidores

Nos mercados cambiais, os ativos de refúgio continuaram em demanda, mas os movimentos foram menos intensos do que no dia anterior.

  • O iene japonês atingiu seu nível mais forte em cinco meses contra o dólar, mas depois reduziu os ganhos para 147,2. Ainda assim, acumulou alta de 7% no ano.
  • O euro subiu 0,6%, sendo negociado a US$ 1,10898.

No setor de commodities, os preços do petróleo se mantiveram estáveis, enquanto os investidores avaliam o impacto das tarifas dos EUA sobre o crescimento global e a decisão da Opep+ de aumentar a oferta.

O ouro continuou em alta, subindo para US$ 2.908 por onça, se aproximando do recorde histórico registrado no mês passado. O metal acumula uma alta de 10% em 2025, após um avanço de 27% no ano passado.

Os mercados seguem instáveis, com os investidores aguardando dados de inflação dos EUA e novas sinalizações do Federal Reserve sobre sua política monetária. A incerteza em torno das tarifas comerciais e da possibilidade de uma recessão nos EUA continua pesando no apetite por risco, reforçando a busca por ativos mais seguros.

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