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Internacional Macroeconomia

O que vai mexer com os mercados na próxima semana? Tarifas, inflação e disputa EUA-China

Investidores monitoram novos dados econômicos, tensões comerciais entre EUA e China e a reação global às incertezas geopolíticas.

07/02/2025 06h58 Atualizada há 2 meses
Por: Redação
O que vai mexer com os mercados na próxima semana? Tarifas, inflação e disputa EUA-China

As mudanças inesperadas na política tarifária do presidente dos EUA, Donald Trump, têm aumentado a volatilidade dos mercados e deixado investidores em alerta. Nos próximos dias, novas surpresas podem surgir, seja no campo comercial, geopolítico ou nos dados econômicos dos Estados Unidos.

A seguir, os cinco principais temas que devem movimentar os mercados na próxima semana:

1. Incerteza sobre tarifas

Os mercados comemoraram a suspensão de tarifas dos EUA sobre México e Canadá, mas a incerteza permanece. Investidores se perguntam se Trump usa essas ameaças como estratégia de negociação ou se pretende aprofundar rivalidades globais.

A escalada tarifária pode fortalecer os esforços de China, Brasil, Rússia e Irã para reduzir a dependência do dólar no comércio global, um fator que preocupa economistas que enxergam riscos à hegemonia da moeda americana.

2. Inflação nos EUA sob os holofotes

Na segunda-feira (12), será divulgado o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) de janeiro, um indicador fundamental para a política monetária dos EUA. Analistas projetam um aumento mensal de 0,3%, mas fatores como a recente pressão tarifária de Trump podem surpreender o mercado.

O relatório de dezembro mostrou que a inflação básica (que exclui alimentos e energia) desacelerou, trazendo alívio aos investidores. No entanto, com o Federal Reserve interrompendo sua flexibilização monetária, a incerteza sobre os próximos passos da política de juros continua alta.

3. EUA x China: uma guerra comercial sem fim?

A segunda fase da disputa comercial entre EUA e China está apenas começando, e investidores seguem atentos a um possível encontro entre Trump e o presidente chinês Xi Jinping.

Enquanto Trump deu adiamentos para México e Canadá, Pequim não recebeu a mesma trégua. Além disso, a economia chinesa enfrenta desafios internos, como a falta de novos estímulos e um mercado acionário cada vez menos atrativo para investidores estrangeiros.

No domingo, será divulgado o índice de preços ao consumidor da China, um dado que pode reforçar as preocupações sobre a recuperação do país.

4. Bolsas europeias disparam: até quando?

As bolsas europeias vivem um dos melhores começos de ano em uma década, superando Wall Street nas seis primeiras semanas de 2025. O índice STOXX 600 foi impulsionado pelo desempenho positivo das bolsas de Frankfurt, Londres, Milão e Paris, refletindo avaliações atrativas e crescimento dos lucros.

  • Projeção de crescimento dos lucros na Europa em 2025: 7,9%
  • Crescimento nos EUA: menor que o europeu, mas ainda positivo

No entanto, o mercado se pergunta: essa alta será sustentável ou é apenas um movimento de curto prazo? Entre os fatores que podem influenciar os próximos meses, estão eventuais cortes de impostos na Alemanha e a redução das tensões na Ucrânia.

5. Eleições no Equador podem impactar mercados emergentes

As eleições presidenciais no Equador, no próximo domingo, prometem ser decisivas. O atual presidente Daniel Noboa enfrenta sua principal rival, Luisa González, candidata da esquerda, em uma disputa que pode ir para o segundo turno em abril.

O foco do mercado está na estabilidade econômica do país, que enfrenta desafios como gangues criminosas e crise de dívida, agravados por apagões energéticos no último ano. Noboa, considerado o candidato favorito do mercado, recentemente surpreendeu ao aplicar tarifas de 27% sobre o México, em um movimento inesperado.

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