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Mercados asiáticos caem com fuga de investidores, enquanto China aposta na inteligência artificial

Ações da Ásia sofrem forte saída de capital estrangeiro em meio a juros altos nos EUA e tensões comerciais. Na China, boom da IA impulsiona empresas de tecnologia.

06/02/2025 07h08 Atualizada há 2 meses
Por: Redação
Mercados asiáticos caem com fuga de investidores, enquanto China aposta na inteligência artificial

Ações da Swiggy desabam com prejuízo crescente, enquanto investidores estrangeiros deixam mercados asiáticos

 

As ações da Swiggy registraram uma queda expressiva de 8% nesta quinta-feira, atingindo sua menor cotação histórica. O movimento reflete o aumento do prejuízo trimestral da empresa de entregas na Índia, pressionado pela expansão de suas lojas de comércio rápido, estratégia adotada para competir com rivais como Blinkit e Zepto.

Desde sua estreia na bolsa, em novembro, os papéis da Swiggy acumulam perdas significativas. Nesta sessão, a ação chegou a ser negociada 6% abaixo do preço de abertura, caminhando para a sétima semana consecutiva de desvalorização.

Além disso, o cenário econômico global tem afastado investidores estrangeiros dos mercados asiáticos. Em janeiro, a saída líquida de capital estrangeiro da Índia, Taiwan, Coreia do Sul, Tailândia, Indonésia, Vietnã e Filipinas somou US$ 12,5 bilhões, marcando a terceira retirada mensal em quatro meses.

 

Fuga de capitais e impacto do aperto monetário nos EUA

 

O fluxo de saída foi liderado pela Índia, onde investidores estrangeiros venderam US$ 9,04 bilhões em ações, registrando a segunda maior retirada mensal da história do país.

Entre os fatores que pressionam os mercados asiáticos estão o aumento dos rendimentos dos Treasuries nos EUA e a valorização do dólar, que desestimula o investimento em economias emergentes.

  • Índice do dólar: atingiu 110,17, maior nível em 26 meses
  • Rendimento do Treasury de 10 anos: subiu para 4,809%, o maior em 14 meses

Os EUA também reforçaram a guerra comercial com a China ao impor uma tarifa adicional de 10% sobre todas as importações chinesas nesta semana. Pequim respondeu com novas taxas sobre produtos americanos, incluindo petróleo, carvão, gás, automóveis e equipamentos agrícolas, programadas para entrar em vigor em 10 de fevereiro.

Esse cenário contribuiu para a saída de capital estrangeiro em outros mercados asiáticos:

  • Taiwan: - US$ 1,52 bilhão
  • Coreia do Sul: - US$ 1 bilhão
  • Tailândia: - US$ 335 milhões
  • Vietnã: - US$ 266 milhões
  • Indonésia: - US$ 229 milhões
  • Filipinas: - US$ 114 milhões

 

Boom da IA na China impulsiona ações de tecnologia

 

Enquanto investidores estrangeiros se afastam de ações asiáticas, o mercado chinês vê um grande movimento de compra em empresas de tecnologia, impulsionado pelo avanço da inteligência artificial.

A startup DeepSeek surpreendeu o mercado ao apresentar um modelo de IA avançado a um custo inferior ao de gigantes dos EUA, como OpenAI e Meta. Esse desenvolvimento reacendeu o otimismo sobre a capacidade da China de competir globalmente no setor de tecnologia, levando a uma onda de valorização nas ações de fabricantes de chips, software e data centers.

  • Índice de IA Hang Seng: +5% na semana
  • Índices de fabricantes de chips e TI: +11%

Após o feriado do Ano Novo Lunar, investidores no mercado chinês voltaram focados no setor de tecnologia, impulsionando ações de empresas de inteligência artificial, semicondutores, big data e robótica. Esse movimento ajudou a estabilizar o mercado de Hong Kong, mesmo diante das novas tarifas impostas pelos EUA.

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