O mercado de petróleo sofreu a maior queda em mais de dois meses, com o West Texas Intermediate caindo para cerca de US$ 71 por barril após uma perda de 2,7% nesta quarta-feira — a maior desde novembro. O Brent, por sua vez, fechou próximo de US$ 75. A razão para essa queda está diretamente relacionada à notícia de que o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente russo, Vladimir Putin, concordaram em iniciar negociações para encerrar a guerra na Ucrânia, gerando especulações de que os riscos para o fornecimento de petróleo russo podem ser atenuados.
As sanções dos Estados Unidos ao setor de petróleo da Rússia, que anteriormente interromperam o fluxo de petróleo russo e contribuíram para a alta nos preços do petróleo global, agora enfrentam novos desafios. Nos últimos três meses, a volatilidade aumentou devido às tarifas comerciais de Trump, que impactaram o sentimento e os preços do mercado de energia.
A OPEC alertou sobre o risco de políticas comerciais provocarem uma maior instabilidade nos mercados globais. Essas políticas podem gerar desequilíbrios entre oferta e demanda, que não refletem as condições reais do mercado. No entanto, o relatório da organização também destacou que muitos membros estão implementando restrições à oferta com maior eficiência.
Com a instabilidade política e econômica em ascensão, a Agência Internacional de Energia se prepara para divulgar, ainda nesta quinta-feira, suas previsões sobre a oferta e demanda do petróleo, oferecendo mais clareza sobre os rumos do mercado.
A queda acentuada nos preços do petróleo é resultado da esperança de que as negociações de paz possam aliviar as tensões com a Rússia. A incerteza política, combinada com as políticas comerciais de Trump, continua a afetar o mercado, deixando os investidores atentos às próximas atualizações do setor de energia.