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Fundos Internacionais em Queda Livre em 2024

O Desafio de Superar o Mercado

07/01/2025 18h26
Por: Redação
Fundos Internacionais em Queda Livre em 2024

Apesar de um ano marcante para os mercados acionários, a maioria dos fundos de investimento ativo lutou para entregar retornos acima de seus índices de referência em 2024. O Bank of America revelou que apenas 30% desses fundos superaram seus benchmarks no período, mesmo com o mercado global subindo expressivos 15,7%.

Nos Estados Unidos, os ganhos foram ainda mais impressionantes. O S&P 500 registrou alta de 23,3%, enquanto o Nasdaq Composto disparou 28,7%, impulsionado principalmente pelo entusiasmo em torno da inteligência artificial, a expectativa de cortes nas taxas de juros do Federal Reserve e um cenário político mais flexível com a eleição de Donald Trump.

No entanto, esse crescimento robusto não foi amplamente distribuído. Segundo os analistas do Bank of America, a "amplitude estreita" dos ganhos – concentrada em poucas ações de tecnologia – dificultou o desempenho superior da maioria dos fundos ativos. Eles destacaram que o índice MSCI AC World, ponderado pelo valor de mercado, teve um desempenho 12,2% melhor do que sua versão ponderada por igual. Isso indica que apenas um grupo seleto de grandes empresas liderou a alta do mercado.

Além disso, os dados revelam que apenas 29% das ações globais conseguiram superar o índice de mercado no ano passado. Isso afetou praticamente todos os tipos de fundos: somente 38% dos fundos de valor, 28% dos fundos de crescimento e 31% dos fundos de rendimento bateram seus benchmarks em 2024.

Grande parte dessa disparidade pode ser atribuída ao desempenho das gigantes da tecnologia, como Nvidia e Apple, que se beneficiaram diretamente da revolução da inteligência artificial. Contudo, o cenário começou a mudar após uma liquidação das ações de tecnologia em agosto, quando os investidores passaram a buscar alternativas em setores mais descontados, como ações de valor e empresas menores.

Lições de 2024

Os números reforçam um ponto importante: a gestão ativa continua enfrentando dificuldades para justificar suas taxas em um mercado cada vez mais impulsionado por megatendências específicas. Quando os ganhos do mercado estão concentrados em poucas ações, os gestores que buscam diversificação tendem a ser penalizados.

Por outro lado, esse cenário também mostra que os investidores devem estar atentos a mudanças nas narrativas do mercado. A rotação para ações de valor e de menor capitalização, alimentada pela expectativa de cortes nas taxas de juros, pode ser um sinal de que novas oportunidades estão surgindo para 2025.

 

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