O evento será realizado durante uma reunião da Business Roundtable, um dos grupos empresariais mais influentes dos EUA. Doug McMillon (Walmart), Jamie Dimon (JPMorgan), Jane Fraser (Citigroup), David Solomon (Goldman Sachs) e Charlie Scharf (Wells Fargo) estão entre os executivos que participarão do encontro.
Após a reunião, está prevista uma recepção e um jantar, segundo fontes próximas ao evento.
Trump defendeu suas políticas tarifárias, afirmando que elas ajudarão a corrigir relações comerciais desequilibradas, trazer empregos de volta ao país e interromper o tráfico de drogas ilegais. No entanto, as tensões aumentaram depois que o presidente dobrou as tarifas sobre aço e alumínio canadenses para 50%, em resposta à tarifa de 25% imposta pela província de Ontário sobre eletricidade exportada para os EUA.
O governo indicou que pode reduzir essas tarifas no futuro, caso o Canadá aceite negociar. No entanto, o mercado reagiu negativamente, com receios de que o aumento dos custos para empresas impulsione a inflação e prejudique a confiança do consumidor.
Impacto no mercado:
"Os mercados vão subir e vão cair, mas temos que reconstruir nosso país", disse Trump a repórteres, minimizando a volatilidade do mercado.
A Business Roundtable, que representa as maiores empresas dos EUA, expressou preocupações sobre as tarifas e seus efeitos de longo prazo na economia. O grupo solicitou ao governo que:
Segundo o grupo, tarifas prolongadas podem causar impactos econômicos sérios, reduzindo a competitividade das empresas americanas.
O Goldman Sachs reduziu sua projeção de crescimento dos EUA para 2025 e aumentou a estimativa de inflação, citando o impacto negativo das tarifas.
O CEO da BlackRock, Larry Fink, alertou que um ambiente econômico mais protecionista poderia impulsionar a inflação, à medida que custos trabalhistas e de produção aumentam devido a restrições ao comércio.
Além disso, alguns economistas indicam que:
Trump afirmou que suas políticas poderiam causar "um pouco de dor a curto prazo", mas que os benefícios viriam no longo prazo. No entanto, ele evitou responder diretamente se os EUA poderiam entrar em recessão.
O governo prevê anunciar em 2 de abril um novo regime global de tarifas recíprocas, afetando todos os parceiros comerciais dos EUA.
Empresários e investidores agora aguardam as próximas medidas da administração Trump e as negociações com o Congresso, que podem definir o futuro dos cortes de impostos e das regulamentações econômicas.