O presidente dos EUA, Donald Trump, deu seu primeiro grande passo diplomático para tentar encerrar a guerra na Ucrânia, realizando ligações telefônicas nesta quarta-feira com o presidente russo, Vladimir Putin, e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy.
Após a conversa com Putin, Trump afirmou em sua rede social que ambos concordaram em iniciar negociações imediatamente, e que ele começaria ligando para Zelenskiy. Após essa segunda ligação, o presidente dos EUA disse que a conversa "correu muito bem" e que tanto Putin quanto Zelenskiy querem a paz.
Segundo o gabinete de Zelenskiy, a ligação entre Trump e o presidente ucraniano durou cerca de uma hora, enquanto o Kremlin informou que Putin conversou com Trump por quase uma hora e meia.
Zelenskiy destacou no X (antigo Twitter) que discutiu com Trump "oportunidades para alcançar a paz", além da cooperação em tecnologia militar, incluindo drones e outros avanços da indústria ucraniana.
O Kremlin confirmou que Putin e Trump concordaram em se reunir pessoalmente, e que o líder russo convidou o presidente dos EUA para visitar Moscou.
Trump já havia declarado que resolveria rapidamente o conflito, sem detalhar como. Entretanto, nesta quarta-feira, seu secretário de Defesa, Pete Hegseth, apresentou a visão mais clara do novo governo até agora, dizendo que retomar todo o território ucraniano ocupado pela Rússia desde 2014 é um objetivo irrealista.
Falando em uma reunião na sede da OTAN em Bruxelas, Hegseth afirmou que esse objetivo "só prolongaria a guerra e causaria mais sofrimento". Ele enfatizou que qualquer acordo de paz precisa incluir "garantias de segurança robustas", mas deixou claro que os EUA não enviarão tropas para a Ucrânia como parte dessas garantias.
Com a diplomacia de Trump em movimento e os EUA redefinindo sua postura sobre o conflito, o cenário global pode entrar em uma nova fase de negociações para a guerra que já dura dois anos.