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Powell: Fed não tem pressa para cortar juros, mas pode flexibilizar se economia enfraquecer

Jerome Powell, presidente do Fed diz que política monetária pode permanecer restritiva se a inflação não cair o suficiente, mas cortes serão avaliados caso o mercado de trabalho desacelere.

11/02/2025 12h31 Atualizada há 2 meses
Por: Redação
Foto: Tom Brenner/Reuters
Foto: Tom Brenner/Reuters

O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, afirmou nesta terça-feira que a economia dos EUA segue forte, com o mercado de trabalho sólido e a inflação se aproximando da meta de 2%, embora ainda esteja ligeiramente elevada.

Diante desse cenário, Powell indicou que o Fed não tem pressa para ajustar a política monetária, mas está preparado para agir caso as condições mudem.

Segundo Powell, o Fed pode manter a política restritiva por mais tempo se a economia continuar crescendo e a inflação não cair o suficiente. Por outro lado, uma desaceleração inesperada no mercado de trabalho ou uma queda mais rápida da inflação podem levar a um afrouxamento monetário.

"A política está bem posicionada para lidar com riscos e incertezas", destacou.

Powell também confirmou que a revisão da estrutura do Fed, prevista para ser concluída até o final do verão, não incluirá mudanças na meta de inflação, que permanecerá em 2%.

Com os mercados atentos aos próximos passos do Federal Reserve, investidores aguardam novos dados econômicos para calibrar suas expectativas sobre os rumos da política monetária dos EUA.

Powell reafirmou que os EUA não estão em recessão e que a economia segue em uma posição muito boa, apesar dos desafios fiscais e globais. Ele também garantiu o compromisso do Fed em concluir o jogo final de Basileia III, destacando que o capital dos maiores bancos está sólido e que o sistema de pagamentos do Tesouro é seguro.

Sobre a inflação, Powell afirmou que deseja mais progresso antes de considerar mudanças na política monetária, reiterando que não há razão para pressa em ajustar as taxas de juros.

No setor imobiliário, Powell alertou que, mesmo quando os juros caírem, a escassez de moradias continuará sendo um problema estrutural. Ele também explicou que as altas taxas de hipotecas estão mais ligadas aos rendimentos dos Treasuries do que às decisões do Fed.

Além disso, Powell destacou que o Federal Reserve não tem controle direto sobre as taxas de juros de longo prazo, que são influenciadas por fatores como riscos fiscais e expectativas de inflação.

Powell reafirmou que, historicamente, países com livre comércio tendem a crescer mais rápido. No entanto, ele reconheceu que o modelo tradicional não funcionou tão bem diante de um grande país que não seguiu as regras, em uma possível referência à China.

Apesar do impacto das tarifas sobre a economia, Powell afirmou que não cabe ao Fed comentar sobre política tarifária, reforçando o foco da instituição na estabilidade monetária e financeira.

Em resposta a questionamentos sobre a autonomia do banco central, Powell destacou que a lei não permite que o presidente remova um membro do conselho do Fed, garantindo a independência da instituição em suas decisões de política monetária.

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