As bolsas de Nova York encerraram a terça-feira em queda generalizada, pressionadas por dados econômicos fracos nos Estados Unidos e pela intensificação do conflito entre Israel e Irã.
O Dow Jones recuou 0,26%, encerrando abaixo da marca de 42.500 pontos, enquanto o S&P 500 caiu 0,36% e o Nasdaq perdeu 0,45%.
O principal fator doméstico que influenciou os mercados foi o resultado das vendas no varejo dos EUA em maio, que mostraram uma queda de 0,9% em relação ao mês anterior. Trata-se da maior contração em quatro meses, sinalizando desaceleração no consumo e enfraquecendo as perspectivas de crescimento econômico no curto prazo. O dado chega em um momento sensível, às vésperas da decisão do Federal Reserve sobre a taxa básica de juros, marcada para esta quarta-feira. Apesar da expectativa majoritária de manutenção dos juros, o tom do comunicado do Fed será fundamental para a próxima precificação dos mercados.
No cenário externo, os investidores acompanharam com preocupação o quinto dia de escalada militar entre Israel e Irã. A retórica mais agressiva por parte de autoridades norte-americanas e o envio adicional de ativos militares à região reforçaram a aversão ao risco. O clima geopolítico incerto levou os investidores a buscarem proteção em ativos mais conservadores, como títulos do Tesouro, cujos rendimentos caíram ao longo do dia.
Entre os setores do S&P 500, o de energia foi o único a fechar no positivo, beneficiado pela alta nos preços do petróleo, que avançaram com o temor de interrupções no fornecimento caso o conflito se amplifique no Oriente Médio. Já setores como consumo discricionário, bancos e tecnologia lideraram as perdas do dia.
O pregão desta terça combinou um dado doméstico negativo com um ambiente internacional volátil, levando Wall Street a um fechamento defensivo. A expectativa agora se volta integralmente para o posicionamento do Federal Reserve, que deverá calibrar seu discurso entre os sinais de desaceleração econômica e os riscos inflacionários persistentes.