Os mercados globais iniciaram esta terça-feira (17), sob forte pressão, com o conflito entre Israel e Irã elevando o nível de aversão ao risco e pressionando as principais praças financeiras. A alta do petróleo amplia o temor de novo choque inflacionário global.
Na Ásia, o fechamento foi misto. No Japão, o Nikkei 225 subiu 0,6%, apoiado pela decisão do Banco do Japão de manter a taxa básica de juros em 0,5% e sinalizar um ritmo mais lento na retirada de estímulos. A postura acomodatícia do BC japonês ajudou a sustentar o mercado doméstico diante da instabilidade externa.
Na Coreia do Sul, o Kospi avançou 0,4%, com o setor de tecnologia absorvendo fluxos defensivos em meio à volatilidade global.
Em contrapartida, os mercados chineses recuaram. O Shanghai Composite caiu 0,2%, enquanto o Hang Seng, de Hong Kong, recuou 0,7%, pressionados pela exposição da região ao comércio global e à alta do petróleo, que operou na faixa de 73 a 74 dólares o barril.
Na Europa, a abertura foi negativa. Os futuros do Euro Stoxx 50 registram queda consistente, refletindo o impacto da crise no Oriente Médio sobre o mercado de energia e o nervosismo em torno do índice de sentimento econômico ZEW, na Alemanha.
Nos Estados Unidos, o pré-market segue em queda. Os futuros do S&P 500 recuam cerca de 0,4%, acompanhados por Dow Jones e Nasdaq. O mercado aguarda o desfecho da reunião do Federal Reserve, enquanto monitora de perto o risco de nova pressão inflacionária via commodities.
O cenário global continua dominado pela combinação de tensão geopolítica e incerteza monetária, com os investidores ajustando suas posições diante de um ambiente cada vez mais sensível à instabilidade externa.