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Mercados Despencam com Escalada na Guerra Comercial: China Retalia Tarifas de Trump

S&P 500 e Nasdaq caem mais de 5%; Apple e Nvidia lideram perdas. Investidores temem recessão global e fogem de ativos de risco.

04/04/2025 17h06 Atualizada há 1 semana
Por: Redação
Mercados Despencam com Escalada na Guerra Comercial: China Retalia Tarifas de Trump

Os mercados de ações globais aprofundaram a liquidação nesta sexta-feira (04), após a China anunciar tarifas adicionais de 34% sobre produtos dos Estados Unidos — a resposta mais agressiva até agora à ofensiva tarifária do presidente Donald Trump. A medida reacendeu os temores de uma recessão mundial iminente e intensificou a fuga de capitais para ativos considerados mais seguros.

O S&P 500 caiu 5,4%, o Nasdaq Composite recuou 5,3% e o Dow Jones Industrial Average perdeu 4,9%, com grandes empresas de tecnologia entre as mais afetadas. Apple e Nvidia lideraram as perdas, com quedas de 6,4% e 7,7%, respectivamente.

Além das tarifas, Pequim impôs controles sobre exportações de terras raras e adicionou 11 entidades dos EUA à lista de organizações “não confiáveis”, aumentando ainda mais a tensão entre as duas maiores economias do mundo.

No meio da turbulência, muitos investidores começam a olhar além dos mercados locais. Buscar acesso direto a ativos internacionais e operar com mais autonomia tem se tornado uma estratégia-chave para quem deseja atravessar momentos voláteis com mais inteligência. Descubra uma forma prática e eficiente de explorar os mercados globais com agilidade.

Outros países também reagiram: o Canadá e a União Europeia prometeram medidas retaliatórias, enquanto o Japão classificou a situação como uma “crise nacional”. O primeiro-ministro francês, Emmanuel Macron, pediu que empresas congelem investimentos nos EUA, e a UE segue dividida sobre como responder.

Em meio à turbulência, o presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou que as tarifas são “maiores do que o esperado” e aumentam os riscos de inflação e crescimento mais fraco. O presidente Trump, por sua vez, pressionou o banco central em uma postagem direta: “Corte as taxas de juros, Jerome, e pare de brincar de política!”

Apesar dos dados fortes de emprego nos EUA — com criação de 228 mil vagas em março —, os investidores veem as novas tarifas como um potencial divisor de águas para o mercado de trabalho e para o consumo interno.

Impacto nos mercados globais:

  • S&P 500: -5,4%

  • Nasdaq: -5,3%

  • Dow Jones: -4,9%

  • Nikkei 225 (Japão): Rumo à pior semana em anos

  • Petróleo Brent: -6,8%, a US$ 65,33

  • Ouro: Próximo de recorde, mantendo alta acumulada no ano

  • Dólar: Caiu frente ao iene e euro, refletindo busca por proteção

A incerteza regulatória e a tensão geopolítica estão empurrando investidores para o ouro, títulos e moedas fortes. Os rendimentos dos Treasuries de 10 anos caíram abaixo de 4%, e os mercados já precificam mais de 100 pontos-base em cortes de juros pelo Fed até o final do ano.

Enquanto as tarifas americanas ampliam o custo para o consumidor e reduzem a competitividade global, países como Vietnã, Índia e Coreia do Sul também avaliam contramedidas. Analistas estimam que um iPhone pode custar até US$ 2.300 nos EUA caso os custos das tarifas sejam totalmente repassados.

As projeções para a economia global foram revistas: o banco JP Morgan elevou de 40% para 60% a probabilidade de recessão global ainda em 2025.

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