BoJ e Fed Devem Manter Taxas Inalteradas Enquanto Dólar Sob Pressão

O dólar americano permanece sob forte pressão nesta terça-feira, recuando pelo terceiro dia consecutivo e revisitando as mínimas de vários meses. A moeda é impactada pela cautela dos investidores antes da decisão de taxas do Federal Reserve (Fed), pelos temores de tarifas do presidente Donald Trump e pelo nervosismo geopolítico.

O Índice do Dólar dos EUA (DXY) testa novamente a zona de 103,20, pressionado pela deflação dos rendimentos dos títulos do Tesouro e pela incerteza em torno das políticas monetárias. Além da decisão do Fed, os mercados aguardam a publicação de dados como os MBA Mortgage Applications, os TIC Flows e o relatório semanal sobre estoques de petróleo bruto da EIA.

No mercado de câmbio, o EUR/USD avança para novas máximas de vários meses, superando a marca de 1,0950, impulsionado pela fraqueza do dólar. Os investidores aguardam a Taxa de Inflação final da zona do euro, o Índice de Custo de Mão de Obra e os dados de Crescimento Salarial, que serão divulgados nos próximos dias.

O GBP/USD ultrapassa a barreira de 1,3000 pela primeira vez desde o início de novembro, mantendo um começo promissor na semana. O foco agora se volta para o relatório do mercado de trabalho do Reino Unido e a decisão de taxas do Banco da Inglaterra (BoE), prevista para quarta-feira, 20 de março.

O USD/JPY estende seu avanço pelo terceiro dia consecutivo, chegando perto da barreira-chave de 150,00, antes de recuar para a área de 149,00. A reunião do Banco do Japão (BoJ), que ocorre nesta semana, será o destaque no país, acompanhada pelos dados da Balança Comercial, Pedidos de Máquinas, Utilização da Capacidade e os números finais da Produção Industrial.

O AUD/USD fica sob pressão após revisitar máximas mensais em torno de 0,6390, interrompendo dois dias de ganhos. O Westpac Leading Index, único dado relevante a ser divulgado na Austrália nesta semana, será acompanhado de perto, Os preços do ouro atingem uma alta histórica perto de US$ 3.040 por onça, impulsionados pelas tensões renovadas no Oriente Médio e pela incerteza em torno das tarifas dos EUA. A prata também sobe, ultrapassando a marca de US$ 34,20 por onça pela primeira vez desde o final de outubro.  

No mercado de commodities, os preços do petróleo WTI retomam a tendência de queda, sofrendo pressão negativa após atingir máximas de vários dias acima de US$ 68,00 por barril. Os traders estão atentos aos eventos geopolíticos e à narrativa das tarifas comerciais, que continuam a influenciar os preços.

Enquanto o Fed e o BoJ devem manter as taxas de juros inalteradas nesta semana, os mercados globais continuam a ser impactados pelas tensões geopolíticas, pelas tarifas comerciais e pela volatilidade nos preços das commodities.