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Mercados dos EUA se recuperam após dados de inflação, mas guerra tarifária de Trump limita ganhos

S&P 500 e Nasdaq avançam, mas investidores seguem cautelosos com tensões comerciais

12/03/2025 18h09 Atualizada há 1 mês
Por: Redação
Mercados dos EUA se recuperam após dados de inflação, mas guerra tarifária de Trump limita ganhos

Os índices acionários dos Estados Unidos registraram ganhos nesta quarta-feira, impulsionados por dados de inflação mais brandos do que o esperado, que ajudaram a conter uma liquidação recente no mercado. No entanto, a escalada das tarifas comerciais impostas pelo presidente Donald Trump manteve os avanços limitados, aumentando a incerteza sobre o cenário econômico global.

O S&P 500 e o Nasdaq encerraram o dia em alta, com este último recebendo forte impulso das ações de tecnologia. O relatório do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) do Departamento do Trabalho indicou um ritmo mais lento de crescimento dos preços, reforçando a expectativa de que o Federal Reserve possa reduzir as taxas de juros ainda este ano.

No entanto, os mercados continuam sob pressão, já que Trump impôs tarifas de 25% sobre o aço e alumínio importados, levando Canadá e União Europeia a responderem com medidas retaliatórias. Esse aumento nas disputas tarifárias elevou o temor de uma recessão global, especialmente nos EUA, Canadá e México.

A volatilidade causada pela guerra comercial fez com que o Goldman Sachs reduzisse sua meta de fim de ano para o S&P 500, enquanto o JP Morgan elevou as projeções de uma recessão nos EUA.

  • O S&P 500 já acumula uma queda de 8,9% desde sua máxima histórica registrada há menos de um mês.
  • Na segunda-feira, o índice caiu abaixo de sua média móvel de 200 dias, um nível técnico considerado essencial para a estabilidade do mercado, pela primeira vez desde novembro de 2023.
  • Em 6 de março, o Nasdaq caiu mais de 10% em relação ao seu recorde de dezembro, confirmando um movimento de correção.

Fechamento dos principais índices

  • Dow Jones Industrial Average (.DJI): caiu 82,55 pontos (-0,20%), para 41.350,93.
  • S&P 500 (.SPX): subiu 27,23 pontos (+0,49%), para 5.599,30.
  • Nasdaq Composite (.IXIC): avançou 212,36 pontos (+1,22%), para 17.648,45.

As ações de tecnologia foram as principais responsáveis pela alta, enquanto os setores de bens de consumo e saúde tiveram desempenhos fracos.

Ações em destaque

  • Intel (INTC.O): +4,6%, após um relatório apontar que a TSMC pode negociar com Nvidia, AMD e Broadcom para operar fábricas de chips nos EUA.
  • PepsiCo (PEP.O): -2,7%, após a corretora Jefferies rebaixar a recomendação da ação de "comprar" para "manter".

Além disso, os legisladores no Capitólio continuam negociando um projeto de lei de gastos provisórios para evitar uma paralisação do governo, aumentando ainda mais as incertezas políticas e econômicas.

Liquidez reduzida e incertezas pesam sobre o mercado

Na NYSE:

  • As ações em alta superaram as em queda na proporção de 1,15 para 1.
  • 29 novas máximas e 186 novas mínimas foram registradas.

Na Nasdaq:

  • 2.589 ações subiram, enquanto 1.785 caíram.
  • O índice registrou 26 novas máximas e 200 novas mínimas.

Volume negociado:

  • O volume de ações negociadas nas bolsas dos EUA foi de 16,14 bilhões, abaixo da média de 16,59 bilhões dos últimos 20 dias.

Perspectivas e próximos desafios

A recuperação dos mercados nesta quarta-feira não elimina os riscos que seguem no horizonte.

  • O Federal Reserve segue monitorando a inflação, com os investidores esperando sinais mais claros sobre os próximos passos da política monetária.
  • A guerra tarifária de Trump continua a gerar incertezas, com impactos nas cadeias produtivas globais e no crescimento econômico.
  • As negociações no Congresso sobre o orçamento dos EUA podem trazer volatilidade adicional ao mercado, dependendo do desfecho das discussões.

A combinação desses fatores manterá os investidores atentos nas próximas semanas, enquanto o mercado busca estabilização em meio a um ambiente cada vez mais incerto.

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