As ações europeias permaneceram próximas de seus recordes históricos, impulsionadas pelo otimismo dos investidores em relação a novos gastos militares por parte dos governos. O índice Stoxx 600 manteve-se em alta, enquanto as ações do setor de defesa ampliaram os ganhos.
No mercado de títulos, os rendimentos dos bunds alemães de 10 anos, referência para os empréstimos da zona do euro, subiram para o maior nível em mais de duas semanas, após avançarem seis pontos-base na sessão anterior. No Reino Unido, os rendimentos dos gilts britânicos também aumentaram, impulsionados por um mercado de trabalho resiliente e pelo crescimento robusto dos salários.
Nos EUA, os futuros do S&P 500 subiram 0,3%, enquanto os contratos do Nasdaq 100 avançaram 0,4%, na retomada dos mercados após o feriado de segunda-feira. Entre os mercados emergentes, um indicador de ações atingiu uma máxima de três meses.
A guerra na Ucrânia segue no radar dos investidores, com os mercados europeus atentos a novas medidas de financiamento para defesa, que devem ser apresentadas até a cúpula de 20 a 21 de março, segundo o primeiro-ministro polonês, Donald Tusk. Autoridades da região demonstraram irritação por terem sido excluídas das negociações entre EUA e Rússia na Arábia Saudita.
Nos mercados de câmbio, o dólar se fortaleceu frente às moedas do Grupo dos 10, enquanto o dólar australiano se estabilizou após uma queda anterior. O Banco Central da Austrália reduziu as taxas de juros, mas alertou que a medida não indica uma trajetória de cortes adicionais.
No setor de commodities, o ouro ampliou os ganhos e foi negociado em torno de US$ 2.910 por onça, após os analistas do Goldman Sachs elevarem sua projeção para US$ 3.100 até o final do ano. O metal precioso acumula alta de quase 11% em 2024, reforçando seu status como ativo de proteção diante das incertezas globais.