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Petróleo Sobe com Dados Fortes dos EUA e Reaproximação com Pequim
Preço do petróleo salta mais de US$ 1 por barril e encerra semana em forte recuperação.
06/06/2025 19h39 Atualizada há 22 horas
Por: Vitor Ferreira

O mercado de petróleo reagiu com força positiva nesta sexta-feira (6), encerrando a sessão com alta superior a US$ 1 por barril e rompendo uma sequência de duas semanas de perdas. O movimento foi alimentado por uma combinação poderosa: dados de emprego nos Estados Unidos mais fortes do que o esperado e sinais de retomada no diálogo comercial entre Washington e Pequim. Dois gatilhos que reacenderam o otimismo em torno do crescimento das maiores economias globais.

O barril do Brent — referência global — fechou cotado a US$ 66,47, com alta de US$ 1,13 (+1,73%), enquanto o WTI — referência americana — encerrou a US$ 64,58, após subir US$ 1,21 (+1,91%). Ambos os contratos marcaram ganhos semanais robustos: o Brent acumulou alta de 2,75%, e o WTI avançou 4,9%, revertendo o viés negativo das últimas duas semanas.

O motor dessa recuperação veio dos números do mercado de trabalho americano. O relatório de maio apontou a criação de 139 mil empregos, com a taxa de desemprego estável em 4,2%. Embora os dados revelem um ritmo mais moderado de contratação — especialmente após revisões para baixo nos meses anteriores — o sinal predominante foi de equilíbrio: a economia não desacelera bruscamente, mas também não aquece demais. Esse cenário foi considerado ideal para manter viva a possibilidade de um corte de juros pelo Federal Reserve, algo que vem sendo defendido abertamente pelo presidente Donald Trump.

A leitura geral é que o relatório ofereceu o ponto de equilíbrio: não tão forte a ponto de afastar estímulos, mas suficientemente sólido para sustentar a confiança na demanda global por energia.

Somando-se a isso, a volta das negociações comerciais entre EUA e China, previstas para ocorrer em Londres, deu novo fôlego ao mercado. Um eventual acordo entre as potências pode destravar cadeias produtivas e fortalecer as projeções de consumo de petróleo no segundo semestre.