A terça feira (3) começou com os mercados em compasso de espera. A Ásia teve uma sessão mista, refletindo o equilíbrio entre expectativas de estímulos na China e preocupações com a indústria. Na Europa, o ritmo é contido, à espera da inflação da zona do euro. Nos EUA, os futuros recuam com a volta das tensões comerciais com a China e incertezas sobre o Federal Reserve.
Na China continental, os índices fecharam com leve alta, sustentados por rumores de novos estímulos. Hong Kong avançou com a prorrogação das isenções tarifárias dos EUA. Já na Coreia do Sul, os mercados ficaram fechados devido à eleição presidencial antecipada após a destituição de Yoon Suk Yeol.
Na Europa, os índices abriram em leve alta. Investidores acompanham a prévia da inflação do bloco, cuja projeção aponta para uma desaceleração anual a 2%, o que pode abrir espaço para cortes de juros pelo BCE. O DAX subia 0,3% na Alemanha, o CAC 40, 0,2% na França, enquanto o FTSE 100 operava estável no Reino Unido.
Nos EUA, os futuros de S&P 500, Dow Jones e Nasdaq caíam 0,3%, pressionados pelas tensões com a China, após novas acusações de violação de acordos. O mercado também aguarda o relatório JOLTS, que pode indicar a força do mercado de trabalho, além de discursos de dirigentes do Fed.
No pré-mercado, empresas divulgaram resultados variados. A Ferguson teve queda de 13,36% no lucro por ação (US$ 2,01), a Dollar General recuou 10,91% (US$ 1,47), enquanto a Donaldson subiu 3,26% (US$ 0,95). Ollie’s Bargain Outlet e Signet Jewelers também reportaram quedas. A NIO reduziu seu prejuízo para US$ 0,22 por ação, quase 39% abaixo do registrado no ano anterior.
Nas commodities, o Brent subia 0,19%, a US$ 64,75, diante de riscos à oferta com incêndios no Canadá e tensões com o Irã. O dólar recuava frente a outras moedas, atingindo o menor nível em seis semanas, refletindo dados fracos e apostas de corte de juros pelo Fed.
Com tantos fatores em jogo — inflação na Europa, dados de emprego nos EUA e a escalada das tensões geopolíticas — o dia promete volatilidade. Para o investidor macroeconômico, atenção e leitura estratégica são fundamentais para aproveitar oportunidades e evitar riscos desnecessários.