A Nvidia registrou um lucro líquido de US$ 18,77 bilhões no primeiro trimestre fiscal de 2026. Ajustado, o ganho chegou a US$ 19,89 bilhões — avanço de 31% frente ao mesmo período do ano anterior. O lucro por ação diluído, considerando o desdobramento de 10 para 1, foi de US$ 0,81, acima dos US$ 0,61 registrados um ano antes.

A receita total no trimestre encerrado em abril foi de US$ 44,06 bilhões, crescimento de 69% na base anual e ligeiramente acima da projeção de US$ 43,34 bilhões. O número já embute o impacto da perda de US$ 2,5 bilhões em embarques de chips para a China, barrados por novas restrições de exportação dos EUA.

O segmento de data centers somou US$ 39,1 bilhões em receita — alta de 73% em um ano, mas aquém dos US$ 39,36 bilhões esperados. A Nvidia reconheceu US$ 10 bilhões em perdas no trimestre, incluindo desvalorização de estoques e baixas contábeis causadas pela proibição da venda da linha de chips H20 ao mercado chinês.

Para o segundo trimestre fiscal, a companhia projeta receita de US$ 45 bilhões, com margem de 2% para mais ou menos — abaixo da média estimada de US$ 45,92 bilhões. A previsão já considera uma perda de cerca de US$ 8 bilhões devido à continuidade das sanções.

A nova linha de chips Blackwell, lançada em março, é vista como a principal alavanca de crescimento futuro. Projeções indicam vendas de até US$ 98 bilhões neste ano fiscal e US$ 119 bilhões no próximo.

Mesmo com o impacto das restrições geopolíticas, a Nvidia mantém sua liderança no setor e segue no centro das atenções do mercado global.