Os mercados asiáticos encerraram a sessão desta terça-feira (28) em alta, impulsionados pela decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de adiar novamente a imposição das tarifas de 50% sobre produtos da União Europeia. Esse alívio nas tensões comerciais trouxe ânimo aos investidores, além de aliviar a pressão sobre o dólar americano, que continua pressionado pelas preocupações fiscais dos EUA.
O índice japonês Nikkei 225 subiu 0,76%, apoiado pela recuperação no setor de tecnologia e pela expectativa em torno dos comentários do presidente do Banco do Japão (BoJ), Kazuo Ueda, durante a Conferência IMES. Ueda sinalizou que o BoJ segue atento aos efeitos de uma inflação ainda resistente, embora sem mudanças imediatas na política monetária. Na China, o Shanghai Composite avançou 1,14%, beneficiado pela retomada dos estímulos internos e pela percepção de que a guerra comercial global pode não escalar no curto prazo. Já em Hong Kong, o Hang Seng subiu 0,97%, com destaques para os setores de tecnologia e consumo.
Na Europa, as bolsas abriram em campo positivo. O índice pan-europeu STOXX 600 sobe cerca de 0,40%, puxado por ações industriais, de tecnologia e energia. A decisão de Trump de prorrogar até 9 de julho o início das tarifas sobre a Europa deu suporte aos mercados. Além disso, investidores repercutem dados mais fortes de confiança do consumidor nos EUA divulgados ontem e seguem atentos às negociações comerciais, principalmente com a União Europeia e a China.
Nos Estados Unidos, os futuros dos principais índices operam em leve alta no pré-market. Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq sobem entre 0,20% e 0,35%, refletindo o alívio momentâneo na frente comercial e o impacto positivo dos dados de confiança do consumidor, que vieram acima do esperado. No entanto, permanece no radar dos investidores a fragilidade fiscal dos EUA, após a aprovação apertada do novo pacote de cortes de impostos, que pode elevar ainda mais a dívida pública americana nos próximos anos.
O dólar segue pressionado no cenário global, enquanto o ouro registra leve queda, refletindo a menor busca por proteção, e o petróleo opera estável, com o mercado monitorando os desdobramentos das tensões comerciais e dados de estoques nos EUA.