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Mercados globais operam com cautela após dados mistos da China e rebaixamento dos EUA
Fechamento em queda na Ásia, abertura instável na Europa e pré-mercado americano pressionado por temores fiscais e consumo fraco
19/05/2025 07h51 Atualizada há 3 semanas
Por: Redação

Os mercados financeiros globais iniciaram a semana em tom cauteloso nesta segunda-feira (19), com investidores digerindo dados econômicos mistos da China, sinais persistentes de desaceleração no consumo global e o recente rebaixamento da nota de crédito dos Estados Unidos pela Moody’s. A instabilidade fiscal americana e a perda de força da atividade no varejo chinês se destacam como os principais vetores de preocupação.

As bolsas asiáticas encerraram o pregão no vermelho. O índice MSCI Ásia-Pacífico, excluindo Japão, caiu 0,8%, refletindo a combinação de dados de produção industrial melhores que o esperado na China (+6,1% em abril), mas com vendas no varejo decepcionantes (+5,1%, abaixo das previsões). O Hang Seng perdeu 0,05%, enquanto o Nikkei 225 recuou 0,68%. O mercado também foi afetado pela persistente fraqueza no setor imobiliário chinês, com o investimento em propriedades caindo 10,3% no acumulado do ano.

No início do pregão europeu, os principais índices operavam sem direção única. O índice pan-europeu STOXX 600 oscilava próximo da estabilidade, com investidores pesando a recente decisão da Moody’s de rebaixar a nota de crédito soberana dos EUA.

O movimento trouxe preocupações sobre o impacto nos rendimentos globais e no apetite por ativos de risco. Setores defensivos, como saúde e utilidades, apresentavam desempenho ligeiramente melhor.

Os futuros dos índices de Wall Street operavam em baixa nas primeiras horas do dia. Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq registravam perdas modestas, com os mercados ainda reagindo à revisão negativa do rating dos EUA. A medida ocorre em meio ao crescimento do déficit fiscal e à expectativa de aumento da dívida, fatores que reforçam o risco de pressão inflacionária e volatilidade nos Treasuries.

Além disso, investidores aguardam novos dados sobre o setor habitacional e falas de dirigentes do Federal Reserve ao longo da semana, em busca de pistas sobre os próximos passos da política monetária. A valorização do dólar e a queda do ouro refletem o aumento da aversão ao risco no cenário global.