Internacional Estados Unidos
Trump anuncia acordo de US$14,5 bi entre Etihad, Boeing e GE
Etihad investirá na compra de 28 aeronaves Boeing 787 e 777X, fabricadas nos EUA e equipadas com motores GE, segundo a Casa Branca.
15/05/2025 20h44 Atualizada há 6 horas
Por: Vitor Ferreira

Nesta quinta-feira (15), os holofotes do mercado global se voltaram para Washington após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar uma série de acordos bilionários com os Emirados Árabes Unidos que somam mais de US$ 200 bilhões. O destaque vai para a parceria entre Boeing, GE Aerospace e Etihad Airways, envolvendo um investimento inicial de US$ 14,5 bilhões na compra de 28 aeronaves de última geração, incluindo os modelos Boeing 787 e 777X, todos equipados com motores da GE e fabricados nos EUA.

Segundo a Casa Branca, o acordo marca um novo capítulo na colaboração entre os dois países no setor aéreo, ao mesmo tempo em que fortalece a indústria americana, gera empregos e reforça as exportações de tecnologia de ponta. A Etihad, que atualmente opera cerca de 100 aeronaves, projeta uma expansão agressiva para atingir mais de 170 aviões até 2030 — alinhada à estratégia de diversificação econômica de Abu Dhabi.

Sob a liderança de Antonoaldo Neves, CEO da Etihad, a companhia aérea do fundo soberano ADQ (com ativos superiores a US$ 225 bilhões), passa por uma nova fase de crescimento após anos de reestruturação. Neves já havia antecipado que 20 a 22 novos aviões devem ser incorporados à frota ainda este ano, sendo 10 Airbus A321LRs, 6 A350s e 4 Boeing 787s — todos focados em ampliar a presença global da companhia.

A ofensiva aérea não para por aí. Ainda durante a visita de Trump ao Golfo, a Qatar Airways firmou um dos maiores contratos da história da aviação com a Boeing, encomendando 160 aeronaves de fuselagem larga, com opção para mais 50, em um negócio que pode ultrapassar US$ 96 bilhões.

Esses acordos não apenas reforçam a presença geopolítica dos EUA na região como também evidenciam o papel estratégico do setor aéreo nas disputas comerciais globais. Para os mercados, o recado é claro: a indústria americana está mais viva do que nunca — e pronta para voar mais alto.