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Wall Street reage a lucros corporativos após críticas de Trump ao Fed e volatilidade gerada por tarifas
Principais índices se recuperam após forte queda, com foco do mercado nos balanços trimestrais e nos riscos fiscais e comerciais que ainda pairam sobre a economia dos EUA.
22/04/2025 11h43 Atualizada há 6 dias
Por: Redação

Após um início de semana turbulento, os principais índices de Wall Street ensaiaram uma recuperação nesta terça-feira, com investidores redirecionando o foco para os resultados corporativos em meio à recente onda de críticas do presidente Donald Trump ao Federal Reserve. A forte liquidação observada na sessão anterior deu lugar a um movimento de alívio, ainda que cercado por incertezas relacionadas às tarifas e à condução da política monetária.

O Dow Jones avançou 1,49%, o S&P 500 subiu 1,34% e o Nasdaq teve alta de 1,51%, refletindo o alívio temporário dos investidores. A retomada foi impulsionada por uma série de balanços divulgados por grandes companhias — que passaram a ser observados como bússolas para avaliar a resiliência do setor corporativo em meio ao ambiente instável.

Dentre os destaques positivos, a 3M surpreendeu o mercado ao superar as projeções de lucro, com suas ações saltando mais de 3%. Já a Verizon decepcionou, com queda de 2,4% após reportar perda de assinantes. A Northrop Grumman e a RTX amargaram quedas superiores a 8%, após alertarem para impactos expressivos nas receitas por conta das tarifas — a última estimou uma redução de até US$ 850 milhões no lucro anual.

As ações das gigantes de tecnologia também contribuíram para a recuperação: Apple e Nvidia subiram 1,7% e 1,1%, respectivamente, puxando o setor de consumo discricionário para a liderança entre os componentes do S&P 500. A movimentação sinaliza que, mesmo em um ambiente macroeconômico tenso, o mercado ainda busca rotas de crescimento em empresas com forte balanço e inovação no portfólio.

Ainda assim, os riscos permanecem elevados. A política tarifária dos EUA segue indefinida, e os impactos das negociações com parceiros comerciais como China e Japão continuam a alimentar a volatilidade. Desde o pico histórico de fevereiro, o S&P 500 já acumula uma queda superior a 14%. Um fechamento 20% abaixo do topo marcaria tecnicamente a entrada em um mercado de baixa — algo que o Nasdaq já confirmou no início do mês.

Com os EUA enfrentando oscilações políticas e corporativas, ampliar sua carteira para além das fronteiras pode ser a chave para equilibrar risco e retorno. Diversifique com inteligência e acompanhe os próximos passos dos mercados globais.