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Wall Street reage com alta após isenção de tarifas sobre tecnologia, mas incerteza permanece no radar
Suspensão temporária de tarifas sobre smartphones e computadores impulsiona ações de tecnologia, mas investidores seguem atentos à nova rodada de impostos anunciada por Trump
14/04/2025 08h00 Atualizada há 3 dias
Por: Redação

Os mercados futuros dos EUA abriram a semana em alta, refletindo o alívio momentâneo dos investidores após a decisão da Casa Branca de suspender tarifas sobre importantes produtos de tecnologia importados da China. A medida favoreceu gigantes como Apple, HP e Nvidia, levando os principais índices a subirem mais de 1% no pré-mercado desta segunda-feira (14).

As isenções tarifárias anunciadas na sexta-feira beneficiaram itens como smartphones, laptops e servidores, mas o governo norte-americano já sinalizou que novas tarifas sobre semicondutores devem ser divulgadas ainda esta semana. O secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, reforçou que os produtos isentos poderão ser alvo de taxação em até dois meses.

Às 6h12 (horário de Brasília), os contratos futuros do Dow Jones subiam 1,1%, os do S&P 500 avançavam 1,47% e os do Nasdaq 100 ganhavam 1,69%. Entre as ações mais beneficiadas, a Apple registrava alta de 5,3%, HP subia 5,4%, enquanto Micron e Nvidia avançavam 4,1% e 2,2%, respectivamente.

O movimento reflete o alívio após uma das semanas mais voláteis desde a pandemia, quando a imposição e suspensão repentina de tarifas por Trump provocaram fortes oscilações nos mercados globais. Apesar da recuperação na reta final da semana passada, as incertezas sobre a política comercial dos EUA seguem pressionando o sentimento de investidores e analistas.

A semana, mais curta devido ao feriado da Sexta-Feira Santa, trará novos dados e eventos relevantes. Os destaques ficam para a divulgação dos resultados corporativos de Johnson & Johnson e Netflix, além dos números de vendas no varejo em março, e o discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell.

Enquanto isso, o Citigroup rebaixou sua recomendação para ações dos EUA de “overweight” para “neutro”, citando os riscos de que as tarifas mais amplas comprometam o crescimento dos lucros no país. Já uma pesquisa do Fed de Nova York, que será publicada ainda hoje, deverá trazer pistas importantes sobre as expectativas inflacionárias dos consumidores — que já atingiram os níveis mais altos desde 1981, segundo o relatório anterior.

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