Ações Mercado Financeiro
Mercados respiram após pânico global, mas volatilidade segue elevada com guerra tarifária entre EUA e China
Investidores monitoram sinais de recessão global e aguardam dados de inflação e juros em meio à escalada nas tensões comerciais
08/04/2025 07h32 Atualizada há 1 semana
Por: Redação

Os mercados globais reagiram com alívio nesta terça-feira, após uma sequência histórica de perdas que eliminou trilhões de dólares em valor das bolsas desde que os Estados Unidos anunciaram tarifas comerciais agressivas na semana passada. O movimento de recuperação, no entanto, é visto com cautela por investidores, que ainda tentam entender a extensão e as consequências da nova escalada na guerra comercial liderada pelo presidente Donald Trump.

Os futuros dos principais índices norte-americanos subiram nas primeiras horas do pregão, com o Dow Jones avançando 1,6%, o S&P 500 recuperando 1,1% e o Nasdaq, 0,9%. A alta veio após dias de forte pressão, que colocaram o Nasdaq em mercado de baixa e deixaram o S&P 500 a caminho de confirmar uma queda superior a 20% desde o pico mais recente. O índice de volatilidade CBOE (VIX) caiu para 44 pontos, após ter ultrapassado 60 na véspera — o maior patamar desde agosto de 2024.

A recuperação foi puxada por ações de tecnologia e megacaps, como Tesla, Amazon, Nvidia e Meta, que registraram ganhos de até 2% no pré-mercado. Além disso, o anúncio de um novo programa de recompra de ações da Broadcom, no valor de até US$ 10 bilhões, animou o mercado. Também contribuiu para o sentimento positivo o fato de o Japão ter sido incluído como prioridade nas negociações tarifárias com os EUA, após conversa entre Trump e o primeiro-ministro Ishiba.

Na Europa, o índice STOXX 600 subiu 1,1% após quatro sessões de perdas. O avanço foi liderado pelos setores de defesa e tecnologia, que demonstraram maior resiliência. Já na Ásia, o Nikkei 225 disparou 6%, enquanto Hong Kong e China continental viram seus mercados se estabilizarem com o apoio de fundos soberanos e medidas do governo chinês, como recompras de ações e estímulo ao crédito.

O petróleo operou em leve queda, com o Brent a US$ 63,71 e o WTI a US$ 60,33. O ouro subiu 0,8%, para US$ 3.006 a onça, ainda abaixo do recorde de US$ 3.167 atingido na semana passada. O dólar americano cedeu frente ao iene e ao franco suíço. Já os rendimentos dos títulos do Tesouro de 10 anos recuaram para 4,14%, com traders precificando mais de 96 pontos-base em cortes de juros pelo Federal Reserve até dezembro.

Apesar do alívio pontual, o clima segue instável. Trump manteve o tom duro e ameaçou novas tarifas de até 50% se a China não recuar. Pequim respondeu que não aceitará chantagens, indicando que a tensão entre as duas maiores economias do mundo ainda está longe de ser resolvida.

Os mercados seguem atentos ao índice de inflação ao consumidor (CPI) dos EUA, que será divulgado nesta quinta-feira, e às falas de membros do Federal Reserve, incluindo o presidente Jerome Powell. O Fed sinalizou preocupação com os impactos inflacionários das tarifas, mas ainda aguarda mais dados antes de agir.

Enquanto isso, a Comissão Europeia já estuda retaliar com tarifas de 25% sobre produtos dos EUA, ao mesmo tempo em que tenta manter o canal de diálogo aberto para evitar uma guerra comercial prolongada. O Banco Central Europeu também intensificou seu monitoramento sobre bancos e mercados diante da recente instabilidade.

O cenário exige atenção redobrada, gestão ativa de risco e capacidade de agir rápido. A janela para oportunidades ainda está aberta — para quem sabe onde buscar.

Em momentos de instabilidade global como este, ter acesso direto aos mercados internacionais pode fazer toda a diferença. Plataformas com ampla variedade de ativos globais e estrutura eficiente de execução ajudam o investidor a reagir com agilidade diante de mudanças no cenário econômico. Se você ainda não conhece uma estrutura completa para operar no mercado internacional, vale a pena explorar agora. Pode ser exatamente o que faltava para ampliar suas possibilidades.