Ações Mercados Asiáticos
Ações asiáticas se recuperam após perdas históricas com expectativa de negociação entre EUA e Japão
Mercados reagem positivamente a sinais de estabilização da China e possibilidade de prioridade japonesa nas conversas comerciais com os EUA; petróleo e ouro avançam.
08/04/2025 07h08 Atualizada há 1 semana
Por: Redação

Após um início de semana turbulento nos mercados globais, as ações da Ásia apresentaram forte recuperação nesta terça-feira, lideradas pelo Japão. O índice Nikkei 225 saltou 6%, impulsionado pelo otimismo de que o país será priorizado nas negociações comerciais com os Estados Unidos, após um contato direto entre o presidente Donald Trump e o primeiro-ministro Ishiba.

A melhora nos mercados veio na esteira de uma liquidação que eliminou mais de US$ 10 trilhões em valor de mercado global desde que os EUA anunciaram tarifas abrangentes contra parceiros comerciais — especialmente a China.

Ainda assim, os temores de uma recessão global permanecem no radar dos investidores. Trump voltou a ameaçar aumentar as tarifas sobre a China para mais de 100%, mas manteve uma porta aberta para diálogo. Pequim, por sua vez, prometeu “lutar até o fim”, embora tenha iniciado medidas de estabilização financeira e incentivo ao consumo interno.

As ações chinesas de agronegócio tiveram ganhos expressivos, refletindo a expectativa de que a guerra comercial possa impulsionar a produção interna de alimentos. Gigantes do setor como Dabeinong Tech e Wens Foodstuff subiram até 6,5%, com base na nova estratégia do governo chinês para garantir a segurança alimentar até 2035.

Enquanto isso, o índice Hang Seng Tech avançou 3,8% após um tombo de 17% no pregão anterior, e o CSI 300 subiu 1,7%, com apoio de fundos estatais e recompras de ações por parte de empresas chinesas.

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Apesar da recuperação pontual na Ásia, os investidores ainda monitoram com cautela os desdobramentos da disputa entre as duas maiores economias do mundo. O temor de uma escalada tarifária continua no radar, e analistas apontam que qualquer alívio pode ser passageiro, caso não haja avanço nas negociações.

O dólar recuou frente às principais moedas, enquanto os títulos do Tesouro dos EUA subiram, com os rendimentos de 10 anos abaixo de 4%. O petróleo também se recuperou, com o Brent superando os US$ 63,40, e o ouro voltou a subir pela primeira vez em quatro dias, refletindo a busca contínua por proteção.

Em paralelo, o Citi revisou sua projeção de crescimento do PIB da China para 4,2% em 2025, citando os riscos crescentes no cenário externo. O banco também estima que as tarifas de Trump possam reduzir pelo menos 1,5 ponto percentual do crescimento anualizado da China.

O foco agora recai sobre a reunião do Politburo da China no final do mês, onde são esperadas novas medidas fiscais. Até lá, o apoio estatal ao mercado acionário chinês deve continuar.

Enquanto isso, os investidores aguardam indicadores macroeconômicos e falas de autoridades do Federal Reserve, que podem oferecer pistas sobre os próximos passos da política monetária americana — e o impacto que a guerra comercial terá sobre os juros, a inflação e o crescimento global.