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Futuros de Wall Street Desabam e S&P 500 Se Aproxima de Mercado em Baixa com Escalada Tarifária de Trump
Medidas protecionistas dos EUA e retaliações da China aprofundam temores de recessão, pressionam bolsas e impulsionam corrida por ativos seguros.
07/04/2025 08h09 Atualizada há 1 semana
Por: Redação

Os futuros dos principais índices acionários dos EUA recuaram fortemente nesta segunda-feira, aprofundando as perdas recentes após a nova rodada de tarifas anunciadas pelo presidente Donald Trump. O S&P 500 se aproxima de uma queda de 20% desde seu pico histórico, o que, se confirmado ao fim do pregão, caracterizará a entrada oficial do índice em território de mercado em baixa (bear market).

Às 7h22 (horário de Brasília), os futuros do S&P 500 caíam 2,26%, os do Nasdaq 100 recuavam 2,34% e os do Dow Jones perdiam 2,38%. Os contratos do índice Russell 2000, que reflete empresas de menor capitalização e forte exposição à economia doméstica, despencavam 4,5% no pré-mercado.

A correção veio na esteira das tarifas amplas impostas por Trump contra parceiros comerciais estratégicos dos EUA, e das retaliações imediatas da China, que reacenderam o temor de uma recessão global e de novas pressões inflacionárias.

Na última semana, o S&P 500 perdeu 10,5% em apenas duas sessões, apagando cerca de US$ 5 trilhões em valor de mercado — o pior desempenho desde o crash da pandemia em março de 2020. O Nasdaq já entrou em bear market, e o Dow Jones acumula queda superior a 10% desde seu recorde de fechamento.

A pressão é generalizada: Apple (-2,5%), Nvidia (-2,7%) e Amazon (-2,4%) continuavam em forte queda nesta manhã. A Howmet Aerospace, fornecedora de peças de aeronaves, recuava 6,5% após rumores de paralisação de entregas por causa das novas tarifas.

O índice de volatilidade VIX disparou para 52,88 pontos, o maior nível desde os primeiros picos da COVID-19, refletindo o nervosismo crescente dos investidores.

Com os temores de recessão se espalhando, o mercado passou a precificar 5 cortes de juros pelo Fed ainda em 2025, com probabilidade de 54% de um primeiro corte já em maio, segundo dados da LSEG.

O rendimento dos Treasuries de 10 anos caiu para 3,954%, e os swaps indicam uma trajetória agressiva de flexibilização monetária. O Goldman Sachs elevou a probabilidade de recessão nos EUA de 35% para 45%, acompanhando outras casas como JPMorgan e Morgan Stanley.

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A agenda da semana traz diversos discursos de membros do Federal Reserve, além de indicadores econômicos relevantes. O grande destaque será o índice de preços ao consumidor (CPI) na quinta-feira, que pode reforçar a percepção de pressão inflacionária ou sinalizar desaceleração — ambos cenários altamente sensíveis no atual ambiente de aversão ao risco.