Uma nova fuga dos mercados acionários globais se intensificou nesta segunda-feira, após a China anunciar duras medidas retaliatórias contra as tarifas impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump. A escalada da guerra comercial reacendeu temores de recessão e acelerou a busca por ativos considerados seguros.
A liquidação atingiu em cheio os principais índices asiáticos: o Hang Seng de Hong Kong despencou 12%, registrando sua maior queda desde a crise de 2008, enquanto o Nikkei japonês caiu 7,8%, devolvendo todos os ganhos acumulados desde o final de 2023. O índice MSCI Ásia-Pacífico recuou 7,9% – sua pior performance em um único dia em 16 anos.
Pequim anunciou tarifas de 34% sobre todas as importações dos EUA, levando o índice de tecnologia de Hong Kong a mergulhar 14%. Taiwan registrou sua maior queda diária já registrada. As consequências chegaram rapidamente à Europa e aos EUA: os futuros do S&P 500 e Nasdaq recuaram quase 5% no pré-mercado, e o Stoxx 600 europeu caiu 5,3%, com destaque para a derrocada de ações de defesa e bancos.
As perdas dos últimos dias já superam os US$ 6 trilhões em valor de mercado das ações americanas, segundo dados do LSEG. O ‘put de Trump’ — a crença de que o presidente protegeria o mercado acionário a qualquer custo — começa a perder força. Trump afirmou que os investidores terão que "tomar seus remédios", e reiterou que só negociará com a China após a correção do déficit comercial.
Os mercados agora precificam quase cinco cortes de juros do Federal Reserve ainda este ano, com apostas de que o primeiro já possa ocorrer em maio. Os rendimentos dos títulos de dois anos caíram 22 pontos-base, enquanto os dos títulos de 10 anos recuaram para 3,90%.
O petróleo também sofreu: o Brent recuou para US$ 63,40 e o WTI para US$ 59,23 o barril. O ouro, que vinha subindo como ativo de proteção, recuou 0,3% para US$ 3.026 a onça — um reflexo da pressão generalizada sobre os ativos.
Além das perdas acentuadas nos índices globais, os swaps de crédito (CDS) asiáticos dispararam para níveis vistos pela última vez durante a pandemia. Moedas como o iene e o franco suíço lideraram entre os ativos defensivos. O dólar, por outro lado, teve desempenho misto.
Enquanto isso, analistas alertam que o aumento de custos pode pressionar margens corporativas e provocar revisões negativas de lucros nos próximos trimestres. A temporada de balanços se aproxima e, segundo o Goldman Sachs, muitas empresas devem evitar emitir projeções futuras devido à incerteza gerada pelas tarifas.
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