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Petróleo despenca com tarifas globais e aumento de produção da Opep+
Brent e WTI registram suas maiores quedas semanais no ano, enquanto investidores correm para ativos de proteção em meio ao risco crescente de recessão global.
04/04/2025 08h37 Atualizada há 1 semana
Por: Redação

Os preços do petróleo caminham para o menor nível de fechamento desde o auge da pandemia de 2021, refletindo uma combinação explosiva de novos choques tarifários globais e a decisão da Opep+ de acelerar o aumento de produção.

Nesta sexta-feira, os contratos futuros do Brent caíram US$ 3,48 (–5%), sendo negociados a US$ 66,66 o barril, enquanto o WTI recuou US$ 3,55 (–5,3%), para US$ 63,40 — ambos acumulando as maiores perdas semanais do semestre.

O movimento ocorre após a China anunciar tarifas adicionais de 34% sobre todos os produtos dos EUA a partir de 10 de abril, como resposta direta às novas medidas comerciais impostas pelo presidente Donald Trump. O mundo agora se prepara para uma guerra comercial mais intensa, o que tem provocado um efeito dominó sobre ativos e projeções econômicas.

Apesar das isenções aplicadas às importações de petróleo nas tarifas americanas, a perspectiva de crescimento econômico mais lento e inflação mais alta começa a pesar sobre os preços do petróleo. Segundo analistas, os impactos já começam a reverberar sobre o consumo global de energia.

A decisão da Opep+ também surpreendeu. O grupo de países produtores decidiu acelerar o retorno da oferta ao mercado, agora planejando liberar 411 mil barris por dia em maio, bem acima dos 135 mil bpd inicialmente previstos. Essa mudança adicionou pressão significativa sobre os preços.

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O Goldman Sachs cortou suas projeções para dezembro de 2025, com o Brent agora estimado em US$ 66 e o WTI em US$ 62, refletindo uma postura mais conservadora diante das turbulências comerciais.