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Mercados recuam antes de anúncio de Trump; ouro dispara e volatilidade aumenta
Investidores aguardam os detalhes das novas tarifas dos EUA, enquanto ativos de proteção como ouro e franco suíço ganham força em meio à crescente tensão geopolítica e comercial.
02/04/2025 07h10 Atualizada há 2 semanas
Por: Redação

As bolsas globais operaram em queda nesta quarta-feira, refletindo a apreensão dos mercados em relação ao esperado anúncio do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre a nova rodada de tarifas recíprocas. O movimento, que deve ser oficializado ainda hoje, tem potencial para intensificar a guerra comercial e pressionar ainda mais o crescimento global.

Trump já impôs tarifas sobre aço, alumínio, automóveis e sobre todos os produtos vindos da China, e agora promete uma nova fase que pode atingir praticamente todos os países. A medida, que ele mesmo apelidou de “Dia da Libertação”, tem gerado forte preocupação entre investidores e empresas.

Na Europa, o índice STOXX 600 recuou 0,9%, com destaque para perdas no setor farmacêutico. Já em Wall Street, o S&P 500 e o Nasdaq conseguiram encerrar o dia em leve alta, após uma abertura negativa. No entanto, os futuros dos índices norte-americanos já apontavam queda novamente no pré-mercado desta quarta-feira, refletindo a cautela dos investidores diante do anúncio tarifário previsto para mais tarde.

Em um cenário de volatilidade crescente, muitos investidores estão buscando alternativas para proteger seu capital e aproveitar oportunidades globais. Ter acesso direto aos mercados internacionais pode ser o diferencial entre reagir com atraso... ou antecipar os grandes movimentos. Descubra como operar globalmente com agilidade — e transforme incerteza em estratégia.

A volatilidade tem aumentado nos mercados de ações, títulos e moedas. O ouro, tradicional ativo de proteção em momentos de incerteza, renovou sua máxima histórica ao ser negociado a US$ 3.125 a onça. Em 2024, o metal já havia subido 27%, e acumula mais 19% de valorização neste ano.

O petróleo, por sua vez, teve leve baixa: o Brent recuou 0,5% e o WTI caiu 0,6%, refletindo preocupações com desaceleração da demanda.

Nos EUA, os dados econômicos começaram a mostrar sinais de fraqueza: o setor industrial voltou a contrair em março, a inflação ao produtor acelerou, e o número de vagas em aberto caiu para o menor nível em meses. A somatória desses fatores aumenta a tensão em torno do anúncio tarifário.