A proximidade do “Dia da Libertação” anunciado por Trump intensifica os temores de recessão global e empurra investidores para ativos de proteção como o ouro, que ultrapassa US$ 3.100 a onça.
Os mercados financeiros internacionais registraram forte queda nesta segunda-feira, marcando o quarto pregão seguido de perdas, enquanto os investidores aguardam a divulgação da nova rodada de tarifas comerciais do governo dos Estados Unidos.
As bolsas da Ásia ao Pacífico recuaram fortemente, com destaque para o Nikkei-225 do Japão, que caiu 4,1% e atingiu seu nível mais baixo em mais de seis meses. Na Europa, os principais índices também recuaram, e os futuros de Wall Street apontaram nova rodada de perdas.
Enquanto isso, o ouro disparou e renovou sua máxima histórica, com os investidores buscando proteção diante do risco de uma guerra comercial global. O metal precioso subiu para US$ 3.117,43 a onça, depois de alcançar um recorde intradiário de US$ 3.128,06.
Donald Trump confirmou que tarifas de 25% sobre carros importados entram em vigor nesta semana, e indicou que as novas tarifas “recíprocas” cobrirão praticamente todos os países. A declaração gerou preocupações adicionais com o crescimento econômico global e pressionou as ações de montadoras e empresas exportadoras.
Com a escalada de incertezas e novas tarifas sendo anunciadas, torna-se cada vez mais importante contar com ferramentas que possibilitem diversificação internacional. Operar diretamente nos mercados globais não é mais privilégio de grandes instituições — hoje, qualquer investidor pode acessar esses ativos com agilidade e segurança. Veja aqui como começar e explore os principais ativos globais com poucos cliques.
O Goldman Sachs passou a projetar três cortes de juros este ano por parte do Federal Reserve e do Banco Central Europeu, diante do impacto negativo das restrições comerciais sobre o ritmo de crescimento das economias.
Na China, a atividade industrial acelerou em março, apresentando o ritmo mais forte em um ano, impulsionada por novos pedidos. Ainda assim, analistas veem o movimento como temporário, com a expectativa de que novas tarifas dos EUA sobre produtos chineses sejam anunciadas na quarta-feira.
As vendas no varejo de Hong Kong caíram 13% em fevereiro, marcando o 12º mês consecutivo de retração. Segundo o governo local, o setor continua pressionado pelas mudanças nos hábitos de consumo e pela fuga de compradores para cidades vizinhas, atraídos pela força da moeda local.
Para garantir estabilidade no sistema financeiro, o Banco Central da China injetou 800 bilhões de yuans (US$ 110 bilhões) em março por meio de operações de recompra reversa, sinalizando esforços de estímulo monetário.
Nos Estados Unidos, os futuros do S&P 500 recuaram 0,7% e os do Nasdaq caíram 1,1%, estendendo as perdas da semana passada. Já na Europa, o STOXX 600 caiu 1%, atingindo seu menor patamar em quase dois meses.
A busca por segurança também impulsionou o mercado de títulos soberanos, com queda nos rendimentos dos Treasuries e movimento de valorização do iene japonês. A União Europeia anunciou que prepara retaliações às tarifas americanas, mas também avalia oferecer concessões para evitar escalada do conflito comercial.
Além do ouro, o petróleo apresentou leve queda, com os contratos do Brent sendo negociados próximos de US$ 74 o barril e o WTI, a pouco menos de US$ 70, com os traders ponderando entre restrições de oferta e os efeitos negativos das tarifas na economia global.