A China optou por manter suas taxas de juros estáveis pelo quinto mês consecutivo, uma decisão que já era esperada pelo mercado. A taxa primária de empréstimos (LPR) de um ano permaneceu em 3,1%, enquanto a taxa de cinco anos foi mantida em 3,6%, reforçando a estratégia do governo de oferecer estímulos de maneira gradual.

Apesar da postura mais flexível do Banco do Povo da China, a necessidade de novos cortes nos juros perdeu força diante dos primeiros sinais de recuperação econômica. Relatórios recentes indicam que setores-chave, como a produção industrial e o varejo, demonstraram crescimento, o que reduziu a pressão por medidas mais agressivas de afrouxamento monetário.

Além disso, os bancos chineses continuam lidando com margens de lucro apertadas, um fator que desestimula reduções adicionais nas taxas. Em uma pesquisa realizada pela Reuters com 33 especialistas do mercado, 88% dos entrevistados já previam a manutenção dos juros.

Nos últimos dias, Pequim anunciou novos estímulos para fortalecer o consumo interno, buscando impulsionar a atividade econômica sem comprometer a estabilidade financeira. O Banco do Povo da China reafirmou seu compromisso em garantir liquidez e indicou que pode reduzir as taxas de juros e o compulsório bancário em um momento mais oportuno.

Com o governo monitorando de perto os indicadores econômicos, a expectativa do mercado agora gira em torno de quando Pequim decidirá agir novamente para fortalecer a recuperação do país.