Os mercados mundiais registraram quedas acentuadas nesta quinta-feira, impactados por incertezas econômicas globais, políticas tarifárias de Donald Trump e o aumento das tensões geopolíticas no Oriente Médio. O ouro atingiu um novo recorde histórico, enquanto os rendimentos dos títulos governamentais dos EUA e da Europa recuaram.
Na quarta-feira, o Federal Reserve manteve as taxas de juros inalteradas, mas reforçou suas projeções de dois cortes de 0,25 ponto percentual até o final do ano. Apesar disso, o Fed revisou para cima sua previsão de inflação e reduziu sua perspectiva de crescimento econômico, citando os riscos das políticas tarifárias do governo Trump.
O presidente do Fed, Jerome Powell, minimizou o impacto inflacionário das tarifas, afirmando que o efeito seria "transitório" e concentrado ainda em 2025. A sinalização de cortes futuros impulsionou o ouro a um novo recorde, chegando a US$ 3.057,21.
Mercados Asiáticos: A volatilidade continuou, com o Hang Seng de Hong Kong caindo 2,2%, a maior queda do mês. Gigantes chinesas como Tencent e Baidu recuaram quase 4%, refletindo a desaceleração do rali de alta.
Banco Central da China: Manteve as taxas de referência inalteradas pelo quinto mês consecutivo, enquanto o yuan permaneceu estável no mercado onshore.
Petróleo: Os preços subiram com o aumento dos ataques aéreos israelenses em Gaza, que colocaram o cessar-fogo com o Hamas em risco. O Brent subiu 0,6%, para US$ 71,24, enquanto o WTI avançou para US$ 67,52.
A combinação de incertezas econômicas, guerra comercial e crescente instabilidade geopolítica continua a influenciar os mercados globais. A decisão do Fed de manter cortes de juros no radar trouxe algum alívio, mas as tensões comerciais entre os EUA e seus parceiros, além da guerra no Oriente Médio, seguem pesando no sentimento dos investidores.