Internacional Geopolítica
Putin decide parar guerra na Ucrânia, mas exige paz duradoura
Putin: “Concordamos em parar de lutar, mas a paz deve ser duradoura”
13/03/2025 12h50 Atualizada há 1 mês
Por: Redação
Vladimir Putin e Donald Trump em Osaka 28/6/2019 REUTERS/Kevin Lamarque

A Rússia e a Bielorrússia emitiram nesta quinta-feira uma declaração conjunta classificando as ações da OTAN na crise ucraniana como hostis e desestabilizadoras, alertando que essas movimentações podem levar a um conflito nuclear. Além disso, Moscou e Minsk disseram estar preparadas para tomar medidas militares e diplomáticas em resposta ao avanço da aliança ocidental.

Em meio às tensões crescentes, o presidente Vladimir Putin confirmou que a Rússia concordou em interromper os combates na Ucrânia, mas ressaltou que o cessar-fogo deve levar a uma paz duradoura e abordar as causas profundas do conflito.

Putin afirmou que as tropas russas têm total controle sobre a região de Kursk, onde as forças ucranianas estariam completamente isoladas. O líder russo declarou que Kiev tem apenas duas opções na região: "morrer ou ser capturado".

No entanto, ele levantou questionamentos sobre a viabilidade do cessar-fogo: "Quem controlará essa trégua? A frente tem 2.000 km de extensão. Precisamos conversar com os EUA sobre isso", disse Putin. Ele também sugeriu que um telefonema com Donald Trump pode ser necessário para discutir os detalhes do possível acordo.

O governo dos EUA já indicou disposição para negociações, e o enviado norte-americano Witkoff se encontrará com Putin ainda hoje à noite para debater os termos da trégua.

Enquanto isso, a Rússia sinalizou que pode permitir o retorno de empresas ocidentais ao país, com Putin afirmando que essa medida pode ser benéfica para ambas as partes.

A possibilidade de um cessar-fogo representa um momento decisivo na guerra, mas ainda há muitas incertezas sobre como as negociações com Washington se desenrolarão e se um acordo definitivo será alcançado.

Putin afirmou que, caso os Estados Unidos e a Rússia cheguem a um entendimento sobre cooperação energética, um gasoduto para a Europa poderia ser viabilizado, proporcionando gás russo a preços mais baixos para o continente. Também afirmou que os próximos passos sobre o conflito serão definidos com base na situação no front.