Os índices acionários dos Estados Unidos registraram ganhos nesta quarta-feira, impulsionados por dados de inflação mais brandos do que o esperado, que ajudaram a conter uma liquidação recente no mercado. No entanto, a escalada das tarifas comerciais impostas pelo presidente Donald Trump manteve os avanços limitados, aumentando a incerteza sobre o cenário econômico global.
O S&P 500 e o Nasdaq encerraram o dia em alta, com este último recebendo forte impulso das ações de tecnologia. O relatório do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) do Departamento do Trabalho indicou um ritmo mais lento de crescimento dos preços, reforçando a expectativa de que o Federal Reserve possa reduzir as taxas de juros ainda este ano.
No entanto, os mercados continuam sob pressão, já que Trump impôs tarifas de 25% sobre o aço e alumínio importados, levando Canadá e União Europeia a responderem com medidas retaliatórias. Esse aumento nas disputas tarifárias elevou o temor de uma recessão global, especialmente nos EUA, Canadá e México.
A volatilidade causada pela guerra comercial fez com que o Goldman Sachs reduzisse sua meta de fim de ano para o S&P 500, enquanto o JP Morgan elevou as projeções de uma recessão nos EUA.
As ações de tecnologia foram as principais responsáveis pela alta, enquanto os setores de bens de consumo e saúde tiveram desempenhos fracos.
Além disso, os legisladores no Capitólio continuam negociando um projeto de lei de gastos provisórios para evitar uma paralisação do governo, aumentando ainda mais as incertezas políticas e econômicas.
Na NYSE:
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A recuperação dos mercados nesta quarta-feira não elimina os riscos que seguem no horizonte.
A combinação desses fatores manterá os investidores atentos nas próximas semanas, enquanto o mercado busca estabilização em meio a um ambiente cada vez mais incerto.