O euro atingiu sua máxima em cinco meses na terça-feira, impulsionado pelas esperanças de um cessar-fogo de 30 dias entre a Ucrânia e a Rússia. A moeda europeia subiu 0,86%, para US$ 1,0947, seu maior valor desde outubro, e também ganhou força frente ao iene japonês, atingindo 161,78 ienes, o maior patamar desde janeiro.
Enquanto isso, o dólar americano subiu inicialmente, mas perdeu força frente ao dólar canadense após o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciar tarifas adicionais sobre produtos de aço e alumínio do Canadá. O dólar americano recuou 0,28% frente ao dólar canadense, sendo negociado a C$ 1,4396. O índice do dólar, que mede a moeda americana frente a uma cesta de moedas, caiu 0,57%, para 103,27, caminhando para sua sétima queda consecutiva.
A Ucrânia concordou em aceitar um cessar-fogo imediato de 30 dias com a Rússia durante negociações com autoridades dos EUA na Arábia Saudita. O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, afirmou que a proposta será levada aos russos, cabendo agora a Moscou decidir sobre o acordo. Enquanto isso, Trump anunciou que dobrará as tarifas sobre produtos de aço e alumínio canadenses para 50%, em resposta à tarifa de 25% imposta pela província de Ontário sobre a eletricidade exportada para os EUA. A medida aumentou as tensões comerciais entre os dois países, mas o dólar canadense recuperou-se após a notícia.
O euro também foi impulsionado pelas expectativas de aumento nos gastos com defesa na Alemanha, a maior economia da Europa. Segundo Juan Perez, diretor de negociação da Monex USA, o cessar-fogo na Ucrânia e a perspectiva de resolução do conflito são sinais positivos para a moeda europeia.
O dólar americano continua enfraquecido frente a suas principais moedas, pressionado pelas preocupações com o comércio global e o crescimento econômico. Em março, o dólar perdeu 1,93% frente ao iene japonês e 2,42% frente ao franco suíço.
Enquanto o euro se beneficia das esperanças de paz e do aumento dos gastos com defesa, o dólar americano enfrenta pressões contínuas devido às incertezas comerciais e às tarifas de Trump. O mercado agora aguarda os próximos desdobramentos das negociações entre Ucrânia e Rússia e os impactos das medidas tarifárias sobre a economia global.