Internacional Macroeconomia
Acordo de Mar-a-Lago: Estratégia Brilhante ou Risco Excessivo para o Dólar?
O novo plano econômico dos EUA propõe a desvalorização do dólar para impulsionar a economia e reduzir custos da dívida. Entenda os mecanismos do Acordo de Mar-a-Lago, seus possíveis impactos e os riscos para o mercado global.
08/03/2025 19h24 Atualizada há 24 horas
Por: Igor Silva

Nos bastidores da economia global, uma nova proposta tem ganhado destaque: o chamado Acordo de Mar-a-Lago. Inspirado no Acordo Plaza de 1985, que visava desvalorizar o dólar para reequilibrar a economia internacional, essa iniciativa busca reformular a estratégia financeira dos Estados Unidos. No entanto, apesar do potencial de impulsionar a economia americana, o plano também traz riscos significativos.

O Que é o Acordo de Mar-a-Lago?

A ideia ganhou força após a vitória de Donald Trump nas eleições de 2024, sendo impulsionada por Stephen Miran, indicado por Trump para o Conselho de Assessores Econômicos. Miran sugeriu que os Estados Unidos poderiam intervir no valor do dólar por meio de diferentes ferramentas, como tarifas sobre importações e novas formas de gerenciamento da dívida pública.

O objetivo central do plano é desvalorizar o dólar de forma controlada, reduzindo os custos de financiamento e incentivando a competitividade da indústria americana. Para isso, a proposta depende da cooperação de credores internacionais e parceiros comerciais.

Mecanismos do Acordo

O plano de reestruturação financeira envolve medidas que podem transformar a dinâmica dos mercados internacionais:

Riscos da Estratégia

Apesar das potenciais vantagens para a economia dos Estados Unidos, a implementação do Acordo de Mar-a-Lago enfrenta desafios importantes:

Acordo de Mar-a-Lago: Oportunidade ou Aposta Perigosa?

O acordo propõe uma abordagem ambiciosa para fortalecer a economia americana, mas sua viabilidade depende de negociações complexas e de um delicado equilíbrio entre controle da dívida, cooperação internacional e estabilidade financeira. Enquanto alguns especialistas veem um grande potencial estratégico na proposta, outros alertam para as possíveis consequências negativas de uma mudança tão drástica no sistema financeiro global.

O sucesso ou o fracasso desse plano dependerá da capacidade do governo dos Estados Unidos de implementar as medidas sem comprometer a confiança dos mercados e dos investidores internacionais.