Os futuros dos índices de ações dos EUA operam em queda nesta quinta-feira, refletindo a cautela dos investidores após mais uma rodada de ameaças tarifárias do presidente Donald Trump. O impacto foi intensificado pela forte queda das ações do Walmart (WMT.N), que despencaram 8,3% no pré-mercado devido a uma previsão pessimista de vendas para o ano fiscal de 2026.
A gigante do varejo prevê um recuo no consumo à medida que os americanos lidam com a inflação persistente, arrastando consigo outros grandes varejistas, como Target (TGT.N), Costco (COST.O) e Dollar General (DG.N), que caíram entre 1,7% e 2,8%.
Trump ampliou sua agenda tarifária, afirmando na quarta-feira que novas taxas serão anunciadas no próximo mês ou antes, incluindo produtos florestais e madeira à lista que já engloba automóveis, semicondutores e produtos farmacêuticos. Desde sua posse, ele impôs uma tarifa extra de 10% sobre todas as importações da China e anunciou taxas de 25% sobre o México e o Canadá, antes de postergar sua aplicação.
A incerteza elevou a busca por ativos de segurança: o ouro renovou sua máxima histórica e o iene japonês avançou, enquanto os rendimentos dos Treasuries caíram. Além disso, a ata da reunião do Federal Reserve destacou preocupações inflacionárias geradas pelas políticas de Trump, reforçando a visão de que as taxas de juros permanecerão elevadas até que haja sinais claros de que a inflação caminha para a meta de 2%.
Entre os destaques do pré-mercado:
Os investidores agora aguardam dados de pedidos de auxílio-desemprego e falas de autoridades do Fed, incluindo o presidente do Fed de Chicago, Austan Goolsbee, para avaliar os próximos passos da política monetária dos EUA.