Os futuros de ações dos EUA registraram queda nesta quarta-feira, sinalizando uma abertura negativa em Wall Street, à medida que os mercados reagiram com cautela às novas ameaças tarifárias do presidente Donald Trump sobre importações de automóveis, semicondutores e produtos farmacêuticos.
Desde que assumiu o cargo há quatro semanas, Trump implementou tarifas de 10% sobre todas as importações chinesas e anunciou tarifas de 25% sobre produtos do México e do Canadá, que foram adiadas por um mês. Agora, ele planeja impor tarifas setoriais de 25% ou mais sobre chips semicondutores e remédios, com aumentos graduais ao longo de um ano, enquanto as tarifas sobre automóveis devem entrar em vigor em 2 de abril.
Na Europa, os mercados aprofundaram as perdas, com o STOXX 600 recuando 0,8%, à medida que os ganhos de mineradoras e farmacêuticas desapareceram. O pessimismo foi ampliado por dados que mostraram uma recuperação na inflação do Reino Unido, elevando a preocupação com a política monetária.
Enquanto isso, os investidores aguardam a divulgação da ata da reunião de janeiro do Federal Reserve (Fed), quando o banco central manteve as taxas de juros entre 4,25% e 4,5%. A publicação pode trazer mais sinais sobre os próximos passos da política monetária dos EUA, especialmente após os recentes comentários agressivos do presidente do Fed, Jerome Powell, e dados quentes de inflação.
O dólar se fortaleceu, superando as mínimas de dois meses em meio ao desconforto com as negociações bilaterais entre EUA e Rússia sobre um possível cessar-fogo na Ucrânia, que excluíram tanto a Ucrânia quanto líderes europeus. Diante disso, os governos da Europa prometeram ampliar o apoio militar a Kiev, elevando as ações de fabricantes de armas a níveis recordes e aumentando os custos de empréstimos de longo prazo dos países da região.
Além disso, o mercado monitora as eleições nacionais da Alemanha neste fim de semana, onde há expectativas de estímulo econômico dependendo do resultado do pleito.